31/01/2020 às 14h25min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

Projeto Arco Pinheiros está esquecido na Câmara Municipal

Desde outubro de 2019, o projeto sobre o Arco de Pinheiros está parado na Comissão de Política Urbana do legislativo municipal à espera de aval. Segundo a Prefeitura, o grande desafio do PIU do Arco Pinheiros é promover o processo de transformação urbana capaz de contribuir para integrar, articular e reforçar as potencialidades presentes nas diferentes porções do seu território, de modo a assegurar o uso mais coerente e inteligente da cidade, de sua infraestrutura e de seus recursos, perseguindo as estratégias definidas pelo Plano Diretor Estratégico (PDE). Localização estratégica O território do Arco Pinheiros possui localização estratégica na confluência dos dois principais eixos de estruturação da metrópole, os rios Pinheiros e Tietê. Seu perímetro delimita uma área de 1.467 ha, sendo que 48% do território apresenta condicionantes específicas no desenvolvimento dos estudos do PIU ACP, correspondendo aos perímetros da Universidade de São Paulo (Usp), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Butantan, Área de Intervenção Urbana Parque Tecnológico Jaguaré, Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa Lobos. Adensamento Um dos pontos discutidos é direcionar o adensamento construtivo e populacional associado à infraestrutura de transporte público e à transformação dos terrenos ociosos e subutilizados. As diretrizes de uso do solo se iniciam com uma diretriz geral que define setores de adensamento construtivo e populacional para o Arco Pinheiros, com base na proximidade da rede de transporte, na presença de projetos colocalizados, no grau de ociosidade dos usos atuais e na função estratégica dos locais perante a unidade de projeto. Após a definição dos novos setores de adensamento, pela diretriz geral, apresentam-se as diretrizes de uso do solo específicas para cada setor, garantindo a eles diversidade social e econômica. Atendimento habitacional Outro ponto é assegurar a oferta de atendimento habitacional à população vulnerável. Segundo o texto, seria possível promover a articulação territorial entre os locais habitados por população de baixa renda e o entorno, sobretudo promovendo melhorias no acesso aos serviços e equipamentos públicos do entorno. Seria tentado também enfrentar as questões habitacionais existentes, priorizando a consolidação da população localizada em assentamentos precários do perímetro. Transporte Em relação ao transporte, o projeto buscará ampliar e qualificar a rede de mobilidade associada a um sistema ambiental que conecte as estações e terminais de transporte público, moradias, equipamentos, parques e áreas verdes. Em relação ao transporte de alta e média capacidade, verifica-se a ausência de linhas de metrô que atendam ao perímetro. Apenas a estação Butantã (Linha 4) atende parcialmente o território, pois localiza-se aproximadamente a 1 km da entrada principal da Cidade Universitária, situada no extremo leste do perímetro do ACP. Além disto, as estações da CPTM presentes no território encontram-se desconectadas do tecido urbano resultando em difícil acesso. Áreas verdes Ainda que os índices de áreas verdes por habitantes no perímetro do Arco Pinheiros ultrapassem os recomendados pela OMS, a influência da baixa densidade demográfica nos índices e a concentração de áreas verdes no território fazem com que estes números não se reflitam necessariamente em qualidade espacial. Assim, são detectados pontos com elevação da temperatura além de espaços públicos pouco convidativos ao lazer e ao deslocamento não motorizado. Neste sentido, as diretrizes devem orientar o projeto promovendo ordenamento e reestruturação das áreas subutilizadas, com potencial de transformação, que necessitem de mudança no padrão de uso, recuperação econômica e social, promovendo um processo de transformação da forma mais equilibrada possível, inclusive sob o aspecto ambiental. Consulta pública Em consulta pública, no ano passado, representante da Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros (SAAP) comenta que é vizinho da área delimitada para o Pio Arco Pinheiros promover a transformação e qualificação do território. “Apontamos que é essencial a implantação de um plano de mobilidade para absorver a população adicional de 80 mil pessoas prevista em 30 anos nesta área. O Corredor Metropolitano, previsto na Gastão Vidigal, será estanque, uma vez que: sua continuidade é inviável, pois terá alto impacto negativo no bairro Alto dos Pinheiros; além disso, a Cerro Corá, hoje, já é muito sobrecarregada. Será necessário priorizar a linha de metrô que serve esse setor para viabilizar as transformações propostas”, afirma M.W. Pessoas de outras regiões da cidade também podem comentar. É o caso de P. C. M., do Cades Lapa. “No Jaguaré, precisamos da reurbanização das favelas, construção da ponte da Alexandre Mackenzie a Mofarrej, criação de um Parque com equipamentos públicos e de inclusão social, melhorias da mobilidade no Parque Continental e no Jaguaré, já que o crescimento de Osasco afeta essa região. Estudo das ciclofaixas na região, construção da UBS, modernização da estação da CPTM Presidente Altino, readequação das praças do Distrito Jaguaré, como iluminação e equipamentos, liberação das vias públicas que estão tomadas por moradias irregulares e saneamento básico”.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.