24/01/2020 às 14h46min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

São Paulo ainda precisa se adequar às bicicletas e patinetes

Com a ascenção do uso de bicicletas e patinetes, São Paulo tem se reorganizado. Ciclovias e ciclofaixas são já uma realidade nas ruas e avenidas da cidade. Porém, ainda é comum ver pedestres utilizando o espaço, que é exclusivo para estes meios alternativos de transporte. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que “o uso por pedestres da infraestrutura cicloviária só é permitido quando há sinalização indicando que aquele espaço é de uso compartilhado. Se não houver a sinalização o uso é para ciclistas e demais ciclos, incluindo skates, patins e patinetes”. “Destacamos ainda que todos os espaços públicos devem ser utilizados com respeito e tolerância, de forma a garantir a boa convivência entre os usuários da via. Porém, a prática de atletismo nos espaços destinados às bicicletas coloca em risco a vida do ciclista e daqueles que usam as ciclovias para caminhar ou correr”, afirma a companhia em nota. Com a ausência das ciclofaixas aos fins de semana, riscos são ainda maiores. Há um aumento no número de ciclistas em espaços reduzidos. No ano passado, um empresário praticava corrida na ciclofaixa quando foi atropelado por um veículo. Sem prestar socorro, a motorista acelerou em direção à Rua Henrique Schaumann. Nas rodas, ficou preso um cone utilizado para as demarcações especiais. Ciclistas que transitavam no local perseguiram o veículo por cerca de 2 quilômetros até que a motorista parasse o carro. A polícia chegou ao local e levou a condutora ao Instituto Médico Legal (IML), onde fez exame de corpo de delito. Ela não apresentava sinais de embriaguez. Segundo matéria da Folha de S.Paulo, a motorista não fazia uso de drogas ou medicamentos. Seu advogado teria informado que ela teve um mal súbito. Em depoimento, ela teria afirmado que não percebeu que atropelou alguém e, por isso, não estaria em fuga. Patinetes diminuem Segundo matéria da Folha de São Paulo, a diminuição do número de patinetes das vias da capital se deve ao alto custo. As empresas queixam-se da necessidade de manutenção. Ao repassarem os custos para a população, a utilização do serviço não é mais tão atrativa. A Prefeitura de São Paulo publicou no último dia 10 de agosto o decreto para regulamentação da circulação de patinetes elétricos compartilhados na cidade. As empresas que comercializam este meio de locomoção deverão promover campanhas educativas a respeito das normas de segurança, uso correto e circulação dos equipamentos, além de informações sobre as coberturas estipuladas na apólice de seguro contratada para os usuários. Para entrarem em vigor, conforme prevê a legislação, as novas regras dependem de resoluções complementares do Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV), que tem 60 dias para definir os critérios para instalação de estações, uso do capacete pelos usuários, quantidade de patinetes permitidos por região da cidade e o preço público a ser cobrado das operadoras interessadas em prestar o serviço, além das formas de fiscalização. O Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV), órgão executivo de trânsito de São Paulo, estabelece as regras de circulação das patinetes elétricas nas vias do Município, observando, no mínimo, as seguintes disposições do decreto.  Por exemplo, a circulação dos equipamentos somente será permitida nas ciclovias e ciclofaixas, nas vias com velocidade máxima permitida de veículos de até 40 km/h e nas ruas destinadas para lazer previstas no ‘Programa Ruas Abertas’. A velocidade máxima permitida da patinete é de 20 km/h, sendo que nas primeiras dez corridas de cada usuário, a velocidade máxima permitida deverá ser de 15 km/h. Menores de 18 anos também não poderão utilizar o transporte. Quando as regulamentações entrarem em vigor, não será permitida aos usuários a livre devolução das patinetes elétricas fora das estações ou dos pontos de estacionamento. Assim, será proibido o estacionamento ou depósito dos dispositivos e equipamentos nas “vias públicas, seja nas ciclovias e ciclofaixas, nos calçadões, calçadas, passeios, ilhas, refúgios, pistas, canteiros centrais e laterais, canalizações, acostamentos, pistas e demais partes das vias”. Sobre este caso, o subprefeito João Grande em visita aos concessionários do Mercado de Pinheiros, no último dia 24, flagrou inúmeros patinetes ‘jogados’ nas calçadas, impedindo o livre trânsito de pedestres e prometeu rigor na fiscalização no bairro.


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