16/05/2024 às 23h54min - Atualizada em 16/05/2024 às 23h54min

​A intrigante conexão entre o olhar fixo de bebês e o desenvolvimento intelectual

Publicado no CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, este estudo liderado pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela explora a profunda relação entre o comportamento de olhar fixo em bebês, especialmente entre os 8 e 10 meses de idade, e o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais. O estudo destaca como este comportamento pode servir como um indicador crucial do desenvolvimento cognitivo e social desde os estágios mais precoces da vida.

Desenvolvimento Cognitivo e Social:
“Durante a fase crítica de 8 a 10 meses, os bebês começam a demonstrar a capacidade de fixar o olhar, o que é um sinal de que estão ativamente engajados no aprendizado visual e na interpretação de expressões faciais”, explica Dr. Agrela. Pesquisas apontam que essa capacidade está associada ao desenvolvimento de funções visuais e cognitivas essenciais, formando a base para o desenvolvimento social subsequente (Thompson, R., Nelson, C. A., 2020).

Comunicação e Expressão Emocional:
“Ao fixar o olhar, os bebês não só observam, mas também comunicam suas necessidades e emoções”, comenta Dr. Agrela. Esse comportamento pré-verbal é essencial para o desenvolvimento emocional e social, permitindo aos bebês expressar uma variedade de sentimentos e interagir com o mundo ao seu redor, conforme destacado por pesquisadores como Lopez (2021).

Curiosidade e Foco:
“Essa atenção prolongada indica uma curiosidade inata e uma emergente habilidade de concentração, que são fundamentais para o desenvolvimento de capacidades de aprendizado e solução de problemas”, observa o especialista. Esta perspectiva é apoiada por estudos que relacionam a intensidade e a duração do olhar fixo com a formação de habilidades cognitivas críticas (Kumar & Harwood, 2019).

Indicadores de Anormalidades:
Dr. Agrela também adverte que “um olhar fixo excessivo pode ser um sinal de alerta para anormalidades neurológicas ou visuais”. Por isso, é fundamental realizar monitoramento contínuo e avaliações periódicas para identificar e intervir precocemente em possíveis distúrbios do desenvolvimento (Green et al., 2018).
A pesquisa, consolidada e publicada pelo CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, revela uma correlação significativa entre o olhar fixo e o desenvolvimento intelectual dos bebês. Este fenômeno não é apenas um reflexo de curiosidade infantil, mas um componente integrante do desenvolvimento cognitivo e social que pode influenciar as capacidades intelectuais futuras.
Por: Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em Neurociências e Diretor do Projeto Neurogenomic

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