29/11/2019 às 15h16min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h38min

Prefeitura busca crédito para recapeamento de vias

O prefeito Bruno Covas assinou a contratação de operação de crédito no valor de R$ 500 milhões para o financiamento do Programa de Recapeamento da Cidade de São Paulo. A previsão é que os recursos permitam a recuperação de 1,8 milhão de metros quadrados de vias públicas até o fim de 2020. Segundo o prefeito Bruno Covas, as guias e sarjetas também serão refeitas. “Se é feito o recape sem refazer guia e sarjeta você tem a entrada da água por baixo do asfalto e, desta forma, o trabalho precisará ser refeito em poucos meses. O que deveria durar anos acaba durando meses”, afirmou. A ação integra o Programa de Metas da Prefeitura para o biênio 2019-2020. Ele tem como objetivo o aumento da durabilidade das vias pavimentadas paulistanas, assim como a diminuição gradativa da demanda por manutenção das vias públicas e de ações de “tapa-buraco”. “As concessionárias também mudaram a postura. Estamos acertando novos convênios com a Sabesp, que já colocou algumas licitações na rua, e a Comgás, que já alterou o modelo de contratação. Vias que fazem recape são proibidas para obras de concessionárias durante dois anos a não ser que aconteça algo emergencial como um vazamento de gás”, afirmou o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi. Os contratos para execução das intervenções de recapeamento já estão sendo assinados e a ordens de serviço começam a partir de dezembro. As ações serão feitas gradativamente para cidade não parar por conta das obras. “Parte das obras serão feitas no período noturno. Peço a paciência e a colaboração da população já que aguentar o barulho alguns dias é um problema melhor do que ter que bloquear diversas vias ao longo do dia”, finaliza o prefeito Bruno Covas. A contratação deste financiamento só foi possível por conta da gestão fiscal equilibrada da Prefeitura de São Paulo nos últimos anos, que levou os níveis de endividamento da cidade aos patamares mais baixos neste século. A Prefeitura de São Paulo recebeu propostas de financiamento de três instituições financeiras, sendo a oferta do Banco Itaú a mais vantajosa de acordo com o ranking de Custo Efetivo Total (CET). Com garantia da União, a operação de crédito assinada tem prazo de carência de um ano e sete anos para ser amortizada. Qualidade ruim Apontamentos foram feitos sobre a qualidade do asfalto. Um apontamento prévio do TCM investiga uma possível má execução dos serviços do programa Asfalto Novo na Capital. Contratos assinados durante a gestão de João Doria teriam sido executados de forma insuficiente. A Prefeitura de São Paulo informa que as três usinas em funcionamento atualmente são Usicity, Jofege e Versátil. Segundo ela os serviços de tapa-buraco foram aprimorados com equipamentos mais modernos, como o caminhão térmico capaz de manter a temperatura adequada da massa asfáltica, o que permite uma melhor qualidade do serviço. Exemplo disso é a execução do requadramento do buraco, que corrige não apenas a erosão, mas também toda a parte comprometida do asfalto, o que garante também maior durabilidade do serviço. A Prefeitura informa que o padrão da massa asfáltica produzida atende às normas técnicas que dizem respeito à qualidade e durabilidade do material. Uma dessas empresas, inclusive, é a mesma que produz o asfalto do Aeroporto de Guarulhos. O asfalto utilizado para serviços de tapa-buraco das grandes vias é o mesmo aplicado em ruas menores. A comunidade contesta esta afirmação, pois se a qualidade é melhor, porque as ruas “menores” estão novamente tomadas por buracos, e veja que ficamos mais de 20 dias sem nenhuma chuva. A Prefeitura ainda informa que o rolo compactador vibratório é utilizado a fim de nivelar a via e deixar o trabalho completo e sem danos, a fim de dar o grau de compactação necessário conforme cláusulas contratuais. Os serviços são aprovados e considerados finalizados, somente após os engenheiros das subprefeituras encerrarem a fiscalização. Mas a realidade é outra, pois como é norma do executivo, a fiscalização é falha e não apura com rigor os contratos realizados, surgindo então os problemas recorrentes do abandono da zeladoria nas avenidas e ruas dos bairros da zona oeste.


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