22/11/2019 às 11h49min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h39min

310 km de ciclofaixas devem ser requalificadas

De acordo com o Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo, 310 quilômetros de ciclofaixas devem ser requalificados até o final do mandato. Porém, em três meses, apenas cerca de 40 quilômetros tiveram suas obras iniciadas. A Rua Artur de Azevedo já foi entregue à população. Hoje, a cidade conta com 503,6 km de infraestrutura cicloviária. Desse total, 310 km passarão por melhorias, conforme o plano de metas da Prefeitura, que prevê também a implantação de 173 km de conexões, com verba total de R$ 325,7 milhões para o biênio 2019/2020. Vale destacar que integra o Programa de Metas da Prefeitura um novo Plano Cicloviário, que será apresentado em breve. O objetivo, segundo a Prefeitura, é justamente melhorar a qualidade e fazer a conexão entre as ciclovias e ciclofaixas já existentes entre si e com os terminais de ônibus e estações de Metrô e trens. De acordo com reportagem do Estado de São Paulo, entretanto, até o momento, apenas nove quilômetros foram entregues à população e cerca de 40 km já tiveram suas obras iniciadas. Ciclovias Na noite do dia 16 de setembro, de acordo com matéria da Câmara de Vereadores, dezenas de ciclistas e cicloativistas participaram de audiência pública da Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica. O objetivo foi discutir a expansão da rede de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, prevista no Plano Cicloviário municipal. Desde o fim de agosto, a Prefeitura tem recebido críticas por alterações promovidas na malha cicloviária. Ciclistas alegam que falta aviso prévio e sinalização nas vias que estão recebendo as reformas, o que prejudica o uso e aumenta o risco de acidentes. A revitalização está prevista no Plano de Metas para o biênio 2019-2020, composto pelos compromissos do Executivo para os próximos dois anos. Lançado em abril de 2019, o plano prevê a reforma de 311 quilômetros da infraestrutura cicloviária, além da implantação de 173 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. O investimento deverá chegar a R$ 326 milhões. De acordo com Mariane Mansuido, da redação da Câmara, a diretora de planejamento da CET, Elisabete França, disse que o projeto deverá ser lançado em breve. “Já estamos em uma fase final de compatibilização das metas, mas as obras de requalificação já começaram”, declarou Elisabete, segundo quem o padrão adotado segue normais nacionais e internacionais. Segundo Elisabete, a CET tem identificado as vias que receberão as mudanças com cones e faixas, destacando que o projeto busca dar maior segurança aos usuários. “Estamos colocando os tachões a cada um metro. Isso traz a vantagem de garantir mais segurança às ciclovias porque é um obstáculo aos motoristas”, explicou. De acordo com diretora da CET, a nova proposta foi debatida com a população durante um ano, por meio de audiências públicas e reuniões nas 32 subprefeituras da cidade. Além de ciclistas, também participaram especialistas em mobilidade e técnicos da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes. A minuta do plano segue em consulta pública. Audiências A Prefeitura realizou 10 audiências públicas em todas as regiões da cidade sobre a proposta do novo plano cicloviário para o biênio 2019/2020. A medida teve como objetivo apresentar à população as propostas de conexões da malha cicloviária, além de receber recomendações, sugestões, críticas, propostas ou outros elementos que viabilizem a implantação de ciclovias e ciclofaixas, tornando o processo mais transparente, colaborativo e democrático. A seleção dos locais de implantação foi realizada pelas áreas de planejamento da CET, adotando como principais diretrizes, desde o início do processo, a segurança, a integração modal e a implantação com o mínimo de intervenções. Na sequência, a definição dos locais seguiu o critério da conectividade entre os trechos já implantados, a fim de consolidar uma rede. A definição dos locais foi feita de forma a abranger todas as regiões da cidade. Foram ouvidos os representantes da Câmara Temática de Bicicleta do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito em processo de participação social organizado por meio de nove oficinas, realizadas entre novembro de 2018 e maio de 2019. Segundo o material de divulgação do evento, o uso da bicicleta diminui em 3% a emissão de CO² nas viagens, resultando na redução de até 18% da emissão de CO2 oriunda dos transportes. “Se o perfil de atividade física da população da cidade espelhasse o dos ciclistas, haveria uma redução de 13% do total em gastos no SUS (R$ 35 mi). Ciclistas apresentam 75% menos stress e irritação em seus deslocamentos”, apontam.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.