25/10/2019 às 14h13min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h44min

Frequentadores reclamam da situação do Parque Alfredo Volpi

Um dos resquícios de Mata Atlântica preservada na cidade, o Parque Alfredo Volpi serve de alternativa para passeios e prática esportiva na região do Morumbi. Porém, frequentadores do local apontam problemas de limpeza e manutenção. “Falta de higiene nos banheiros masculino e feminino mau cheiro, falta de papel higienico, não da para usar, falta de segurança, descuido com a vegetação, bancos quebrados, falta de limpeza nas escadarias. É uma falta de capacidade para administrar um bem publico em uma reserva da Mata Atlântica”, afirma V. B.. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informa que os serviços de zeladoria de sanitários, manejo e conservação do Parque Alfredo Volpi são realizados, atualmente, por funcionários da administração. Uma licitação para contratação deste trabalho está em curso. Já os cuidados com a fauna são feitos pela Divisão da Fauna Silvestre da pasta. Um dos motivos apontados pelo morador é a ausência de empresas que auxiliem no processo. “Este parque vinha sendo administrado pelo Hospital São Luiz. Fizeram muitas melhoria, manutenção impecável. Na gestão do Doria, a prefeitura voltou assumir a gestão, ai tudo mudou. É revoltante de ver um tamanho descaso, de quem vem a publico falar em inaugurar vários parques sendo que não cuidam do que tem”, comenta V. B.. De acordo com a Prefeitura, o parque dispunha de um Termo de Cooperação, encerrado em maio de 2018 por desinteresse do cooperante na renovação. No entanto, a SVMA tem estimulado a participação de empresas nos equipamentos por meio do programa Empresa Amiga do Parque, que permite o apoio de uma ou mais marcas em um mesmo espaço interessadas em apoiar pontos específicos do espaço. Dentre as principais melhorias possíveis estão doações diversas de bens e serviços, como reformas em geral (elétrica, hidráulica, paisagismo), projetos (microdrenagem, jardim de chuva, tratamento de efluentes, captação de energia solar), comunicação (projeto e implantação de comunicação visual), serviços de consultoria etc.. Parque Localizado no bairro do Morumbi, o parque fazia parte de grande fazenda no século XIX, com o plantio de chá. A área foi dividida, dando origem a várias chácaras. Com o desenvolvimento imobiliário, em 1940, o sucesso de vendas do Jardim América valorizou o bairro e a Companhia Imobiliária Morumby decidiu comercializar os lotes da fazenda. Os futuros compradores, no entanto, deveriam concordar com a regra de não criar áreas comerciais ou edifícios no local. A região passou a ser habitada por famílias de alto poder aquisitivo, e o bairro tornou-se diferenciado com a construção do Estádio do Morumbi, em 1952. A região abriga também o Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo Paulista. Trilhas rústicas são usadas para corridas, caminhadas e contemplação pelo meio da mata, permitindo visualizar nascentes e lagos. Há aparelhos de ginástica (barras e pranchas), inclusive em versões de baixo impacto, além de playground, praças de piquenique com mesas e bancos, estacionamento, sanitários com acessibilidade e paraciclo. O parque oferece rede wi-fi e acessibilidade nos banheiros, entrada do parque e playground. Oferece monitoria em educação ambiental. Seu nome atual (Alfredo Volpi) é uma homenagem a Alfredo Foguebecca Volpi (1896-1988), nascido em Lucca, Itália, no dia 14 de abril de 1896. Foi um dos mais conceituados pintores brasileiros, destacando-se na Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira. Suas pinturas são caracterizadas por casarios e bandeirinhas coloridas. Visando à preservação de uma área remanescente de Mata Atlântica do Planalto Paulista, o projeto paisagístico, de 1966, tem por base a proposta paisagística apresentada por Rosa Grena Kliass, com colaboração do arquiteto Carlos Welker e do botânico Helmut Shlik, responsável pelo levantamento florístico da área. O projeto aproveitou as clareiras naturais do local para implantação dos setores de recreação infantil. O local é ponto de coleta de lixo eletrônico (e-lixo) e óleo comestível. Há registro de 107 espécies de FAUNA, em sua maioria aves, com destaque para algumas endêmicas de Mata Atlântica, como tucano-de-bico-verde, capitão-de-saíra, saíra-ferrugem e cigarra-bambu, além de registros ocasionais de anambé-branco-de-rabo-preto, em rápida escala no parque. Pica-paus, sanhaços e saíras (traupídeos) e papa-moscas/tiranídeos (pássaros da família do bem-te-vi) estão bastante diversificados – maior número de espécies. É possível se observar também irerês, socó-dorminhoco, garça-branca, martins-pescadores, carão e algumas aves de rapina, como gavião-peneira, gavião-carijó, corujinha-do-mato e caracará. Constam também peixes (carpa), rãzinha-do-folhiço, lagarto “papa-vento”, bicho-preguiça e saguis. Empresa Amiga O programa Empresa Amiga do Parque foi viabilizado por meio de editais, um para cada região, contemplando mais de 80 equipamentos. Os interessados devem enviar e-mail para [email protected], recurso usado para toda a comunicação entre a SVMA e os interessados.


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