08/02/2024 às 23h11min - Atualizada em 08/02/2024 às 23h11min

​R$ 2 bilhões para o Aeroporto de Congonhas mas o barulho continua

Apesar do barulho acima do permitido nas decolagens e aterrisagem em Congonhas, nada foi discutido sobre a redução do movimento, ou proibição de voos e aviões antigos que colocam em risco toda a população ao redor. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou que o montante aplicado a melhorias no Aeroporto de Congonhas feito pela concessionária Aena deve chegar a R$ 2 bilhões. Em 2023, o aeroporto chegou à marca de 22 milhões de passageiros, e foram realizados 231,8 mil movimentos no aeroporto. Entidades protestam e os moradores querem investimentos no trânsito local e melhorias na segurança das pistas, além da redução no horário permitido de decolagens noturnas e maior diálogo com a concessionária, que sempre se nega a atender a comunidade.

O segundo maior do país
O aeroporto de Congonhas é o segundo mais movimentado do Brasil, conta com a segunda ponte aérea mais movimentada em termo de assentos ofertados na América Latina e é o terceiro mais conectado domesticamente no continente. 

Melhorias só internas 
Entre as melhorias de curto prazo para o terminal da capital paulista, estão ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada. Na Fase I-B, os principais investimentos serão a revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves, com novas posições de contato, e construção de um novo terminal de passageiros. A entrega das obras da Fase I-B de Congonhas está prevista para junho de 2028. Sobre a melhoria no trânsito local e na Avenida Bandeirantes, sempre um caos no trânsito da Marginal Pinheiros até a entrada do Aeroporto, nada foi declarado, mostrando descaso com a comunidade.

Anac e Infraero não resolvem
A Anac afirma que a capacidade de pousos e decolagens (movimentos por hora) é declarada pelo operador do aeroporto. No caso de Congonhas, foi declarada pela Infraero, de acordo com parâmetros técnicos de infraestrutura aeroportuária regulamentados pela ANAC. “Sempre quando são procurados, os dois órgãos responsáveis que regem a matéria em nível federal, nunca respondem esclarecendo os problemas causados pelo aeroporto. Sempre se esquivam de respostas e são contraditórios, como que defendessem a concessionária e nunca atendessem as reivindicações dos moradores”, concluem

Ruídos continuam
Entidades sempre reclamaram do barulho excessivo e horário noturno, mas nunca foram atendidas.
“Em relação aos ruídos, informamos que o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC)  nº161, que trata de Planos de Zoneamento de Ruído de Aeródromos, estabelece que o operador do aeroporto deve apresentar um Plano de Zoneamento de Ruído (PZR) com ações que compatibilizem o uso do solo. Assim, o administrador do aeroporto deve atuar em cooperação com o município para minimizar os efeitos desses ruídos. O Aeroporto de Congonhas (SBSP) possui Plano Específico de Zoneamento de Ruído (PEZR) registrado na ANAC, o qual pode ser consultado na seguinte página, clicando em “Acesse os Planos de Zoneamento de Ruído atualizados conforme RBAC nº161”: https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/aerodromos/ruido-aeronautico

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