25/01/2024 às 00h01min - Atualizada em 25/01/2024 às 00h01min

​Comunidade protesta contra 16º Batalhão e PM pelo encerramento do ‘Programa Vizinhança Solidária’

O 16º. Batalhão e a Polícia Militar estão sendo criticados pela população do Morumbi, Butantã e Campo Limpo, pela paralisação do Programa Vizinhança Solidária (PVS). Ele tinha se tornado como uma das mais eficientes ferramentas de Polícia Comunitária voltada para a mobilização social contra a criminalidade. Resultante da parceria com a comunidade teria como principal objetivo suscitar na sociedade a integração entre as pessoas, a preocupação mútua e a coletividade. Como consequência desta mobilização e modelagem social tem-se a redução real da criminalidade.
O Grupo 1 de Jornais conversou com Adriana Ribeiro Dias, advogada, moradora da região, entusiasta do PVS e participante ativa as reuniões do Conseg Portal do Morumbi.
Como o Programa se estabeleceu no bairro?
Adriana Ribeiro Dias – "O anterior comando do 16º Batalhão em sua gestão deu grande significado ao programa formalizando a adesão novos grupos de ruas. Tivemos uma atuação ativa na área da 1ª Cia com várias reuniões de formação de novos grupos. Pude presenciar o policiamento ostensivo através das visitas semanais dos policiais responsáveis em apoio a toda a comunidade".
Quando o Programa foi descontinuado e suspenso?
Adriana Ribeiro Dias – "Com a saída do comandante anterior, houve a descontinuidade do programa em março de 2023. A comunidade local ficou sem a 'Vizinhança Solidária' uma vez que os policiais designados e preparados para isso foram retirados dessa função. Em setembro do ano passado estivemos na 1ª Cia, onde fizemos  o pedido em nome da comunidade para a reativação do programa. Em meados de novembro, o comando do 16º Batalhão realizou uma transferência generalizada da tropa acarretando a suspensão até o presente momento". 
Com a descontinuidade e suspensão do Programa de Vizinhança Solidária houve impacto na segurança local?
Adriana Ribeiro Dias – "Sim, certamente foi um dos fatores porque os números das ocorrências mais comuns no bairro aumentaram bastante no ano passado. Os números oficiais da Secretaria de Segurança Pública apontam que no ano anterior (2022) os números estavam controlados durante a vigência plena do programa". 
Como melhor direcionar os esforços da comunidade e da Segurança Pública do Estado para melhorar o cenário? 
Adriana Ribeiro Dias – A comunidade local vê a descontinuidade e suspensão como um presságio ruim uma vez que quebra um elo de confiança, credibilidade entre comunidade e PM e a falta de diálogo. Vemos no cenário atual, o 16º Batalhão e os Consegs Morumbi e Portal do Morumbi apostando na substituição da participação ativa da sociedade na Polícia Militar, por câmeras e parceria público privada em uma pequena central de monitoramento instalada na 2ª Cia. Há poucas informações sobre o projeto e essa falta de transparência e a participação dos núcleos de PVS constituídos pela própria PM assustam e criam incertezas nas pessoas.  Entendo que o uso da tecnologia é útil ao policiamento, porém, acredito que a aposta no material humano, policiais militares, ainda é a melhor solução na prevenção e contenção da criminalidade.

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