O bairro do Butantã está passando por uma limpeza e controle de pragas que afetam a população e provocam problemas de saúde nos moradores. O trabalho da Subprefeitura do Butantã, em parceria com o Departamento de Vigilância Sanitária, está retirando e eliminando ratos, baratas, aranhas e escorpiões na limpeza dos córregos e também removendo toneladas de lixo acumulado em locais de difícil acesso. O escorpião é o que maior risco às crianças, pois sua picada é praticamente fatal, não existindo veneno químico eficaz contra o inseto peçonhento. Eles animais pertencentes ao filo Arthropoda, que, junto às aranhas e carrapatos, formam o grupo dos aracnídeos. Assim como as aranhas, os escorpiões são responsáveis por vários acidentes. Esses animais utilizam o ferrão, localizado na sua cauda, para injetar o veneno. Um trabalho preventivo vem sendo feito para evitar que os escorpiões proliferem durante o verão. A Subprefeitura faz a limpeza manual dos córregos e a Vigilância Sanitária coloca iscas, com veneno de rato e faz a perigosa remoção manual dos escorpiões em bueiros. O excesso de lixo jogado nas ruas e nos córregos da região faz com que, cada vez mais prolifere o número de aracnídeos. Os moradores precisam se conscientizar e evitar o descarte irregular de lixo nas ruas, córregos e bueiros. “Esta é uma luta árdua e difícil, mas só assim será vencida a luta contra os animais peçonhentos e o ratos”, afirma o subprefeito Paulo Vitor Sapienza. Aumenta número de picadas de escorpiões Moradores da região devem se cuidar com as picadas de escorpião. Com as ondas de calor, aumenta a proliferação destes animais. Os números de picadas têm aumentado nos últimos anos. O número de envenenamento passou de 78 mil para 141 mil nos últimos cinco anos, ou seja, cerca de 80%. Ainda segundo este levantamento, apenas em 2019, mais de 4 mil casos já foram registrados no Estado. Locais com escombros e lixo podem esconder a presença dos animais. O instituto Butantan recomenda manter jardins e quintais limpos, evitar folhagens densas junto a paredes e muros das casas e manter a grama aparada. Outras dicas disseminam atenção ao não colocar as mãos em buracos, sob pedras e em troncos podres, além de usar calçados e luvas grossas nas atividades de jardinagem. Vedar ralos, frestas, buracos e soleiras de portas e janelas e afastar as camas e berços das paredes e evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão estão entre as sugestões para as casas, como também sacudir e verificar roupas e sapatos antes de usá-los. Preservar os predadores naturais, como coruja, joão-bobo, lagartos, sapos, galinhas, gansos e quatis é outra recomendação. No Condomínio Paulistano, que ocupa uma área de 150 mil metros quadrados próxima ao Cemitério Gethsêmani e ao Portal do Morumbi, no Jardim Monte Kenel e Vila Suzana, os moradores recorreram a uma solução inusitada, que tem dado conta do recado. Após o aparecimento de escorpiões, foram adquiridas galinhas d’angola e colocadas em áreas abertas do local. A medida diminuiu a quantidade de aparições dos aracnídeos. Segundo o Ministério da Saúde, é necessário controlar as populações de escorpiões pelo risco que representam para a saúde humana, já que a erradicação das espécies não é possível nem viável. O controle pode diminuir o número de acidentes e, consequentemente, a morbimortalidade.
