27/09/2019 às 10h32min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

O perigo no uso dos patinetes. Abusos causam acidentes e morte

A utilização do patinete como novo meio de transporte ou lazer, está causando polêmica dos moradores da região. Principalmente os jovens abusam da velocidade e desafiam os pedestres utilizando as calçadas e contramão das vias. Nossa reportagem flagrou um usuário na rua dos Pinheiros descendo a via em sentido contrário aos veículos e também utilizando as guias e calçadas largas, fazendo malabarismo para evitar colisões. Parece-nos que os órgãos públicos estão aguardando um novo caso fatal, para tomarem providências urgentes como recentemente em Minas Gerais, onde um empresário morreu no dia 7 de setembro. A queda de uma patinete elétrica causou um traumatismo craniano em Roberto Pinto Batista Júnior de 43 anos que o que levou ao óbito. Em Pinheiros, já aconteceram inúmeros acidentes. Um deles, segundo relato de um leitor, “um condutor de patinete que transitava pela Rua Mateus Grou atropelou Marilena Martins Hares, de 82 anos, quase na esquina da Artur de Azevedo. Quando questionado sobre o fato, o condutor afirmou não saber onde ficava o freio. A vítima, professora , musicista e moradora de Pinheiros, ficará 3 meses imobilizada”. A Prefeitura de São Paulo publicou no último dia 10 de agosto o decreto para regulamentação da circulação de patinetes elétricos compartilhados na cidade. Agora, são necessárias resoluções para adequar o uso. O uso da locomoção ainda precisa de ajustes. POR QUE ENTÃO LIBERAR O USO DESTE NOVO MEIO DE TRANSPORTE ANTES DA REGULAMENTAÇÃO? As empresas que comercializam este meio de locomoção deverão promover campanhas educativas a respeito das normas de segurança, uso correto e circulação dos equipamentos, além de informações sobre as coberturas estipuladas na apólice de seguro contratada para os usuários. Para entrarem em vigor, conforme prevê a legislação, as novas regras dependem de resoluções complementares do Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV), que tem 60 dias para definir os critérios para instalação de estações, uso do capacete pelos usuários, quantidade de patinetes permitidos por região da cidade e o preço público a ser cobrado das operadoras interessadas em prestar o serviço, além das formas de fiscalização. Enquanto isso, os acidentes acontecem diariamente, principalmente em Pinheiros e região sudoeste, onde se encontram as maiores ciclovias e locais determinados para o uso de patinetes e bicicletas, que agora “lutam” pelo seu espaço e causam transtornos para todos, principalmente para os pedestres. Preocupação Pesquisa feita pela Fundação Procon-SP mostra que 28% dos 1.381 entrevistados declararam ter utilizado patinete elétrico, dos quais, 77% (302), por meio de locação do equipamento. Dos usuários que já alugaram, 81% responderam que não utilizam equipamentos de segurança e 57% costumam transitar pelas ciclofaixas. A pesquisa revela ainda que 43% dos consumidores que responderam já ter utilizado o serviço de aluguel de patinetes deram o aceite no aplicativo sem ler o termo de uso e a política de privacidade. Ao todo, 65% declaram que não sabiam utilizar o equipamento. Para 80% dos entrevistados o patinete elétrico é uma boa alternativa de transporte na cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo, 72% defendem que exista algum tipo de regulamentação, tais como: locais para transitar e estacionar e uso de equipamentos de segurança. O questionário sobre o uso de patinetes elétricos foi disponibilizado no site da fundação entre os dias 14 e 27 de maio. O objetivo foi identificar a percepção do consumidor, que utiliza ou não esse meio de locomoção, sobre a segurança e a oferta do serviço. Neste link é possível acessar o resultado completo da pesquisa. Regras O Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV), órgão executivo de trânsito de São Paulo, deverá estabelecer as regras de circulação das patinetes elétricas nas vias do Município, observando, no mínimo, as seguintes disposições do decreto.  Por exemplo, a circulação dos equipamentos somente será permitida nas ciclovias e ciclofaixas, nas vias com velocidade máxima permitida de veículos de até 40 km/h e nas ruas destinadas para lazer previstas no ‘Programa Ruas Abertas’. A velocidade máxima permitida da patinete é de 20 km/h, sendo que nas primeiras dez corridas de cada usuário, a velocidade máxima permitida deverá ser de 15 km/h. Menores de 18 anos também não poderão utilizar o transporte. Não será permitida aos usuários a livre devolução das patinetes elétricas fora das estações ou dos pontos de estacionamento. Assim, será proibido o estacionamento ou depósito dos dispositivos e equipamentos nas “vias públicas, seja nas ciclovias e ciclofaixas, nos calçadões, calçadas, passeios, ilhas, refúgios, pistas, canteiros centrais e laterais, canalizações, acostamentos, pistas e demais partes das vias”. Sobre este caso, o subprefeito João Grande em visita aos concessionários do Mercado de Pinheiros, no último dia 24, flagrou inúmeros patinetes ‘jogados’ nas calçadas, impedindo o livre trânsito de pedestres e prometeu rigor na fiscalização no bairro. Polêmicas No início do ano, a Prefeitura havia publicado regras para a utilização de patinetes. Ao todo, 557 patinetes foram recolhidas no primeiro dia de fiscalização em cumprimento às regras do decreto. De acordo com a Prefeitura, na época, as empresas de locação de patinetes não realizaram o credenciamento previsto na legislação e, portanto, operam sem autorização legal da administração. As penalidades para as empresas vão do recolhimento dos equipamentos até a multa de R$ 20 mil. A Grow informou que a oferta de equipamentos estava menor naquele período devido às apreensões realizadas pela Prefeitura, que caracterizaram como sendo “de forma ilegal e truculenta”. “Ressaltamos que seguimos operando dentro da regulamentação federal estabelecida pelas resoluções do Contran (Conselho Nacional de Trânsito)”, comentaram em nota. Segundo eles, em virtude do ocorrido, nas 24h seguintes foi identificada uma redução de cerca de 25% das viagens de patinete na cidade de São Paulo em comparação com o mesmo período da semana anterior. A Prefeitura publicou regras para a atuação das empresas com o objetivo de promover a segurança de todos (pedestres, usuários, ciclistas e motoristas) e o uso adequado dos equipamentos de mobilidade individual, importantes meios de transporte. Coube à Secretaria Municipal de Subprefeituras, com apoio da Guarda Civil Metropolitana (CGM), recolher as patinetes das empresas de locação na Avenida Faria Lima, Rua Funchal e Parque do Povo, entre outros. Quatro equipes e 38 pessoas estiveram envolvidas na operação. De acordo com a companhia, a imposição de obrigatoriedade do uso do capacete, imposição de multa e ação arbitrária da Prefeitura está desencorajando o uso do patinete na cidade. “Seguiremos questionando as irregularidades das medidas da Prefeitura na Justiça até que o direito de escolha e de ir e vir dos cidadãos de São Paulo seja respeitado”. Trombadinhas de patinetes atacam no Largo da Batata “Parece que os "trombadinhas de patinete" voltaram ao Largo da Batata, acabei de ser seguido por três deles (por volta das 23h) até a frente de meu prédio. Teve início com apenas um pedindo dinheiro próximo ao super mercado Padrão, neguei e  continuei andando, percebi que ele me seguia e agora acompanhado de mais dois, atravessei a rua para o outro lado e eles seguiram, logo depois voltei para o lado da rua que estava, e me seguiram também, atravessei mais uma vez e fui seguido e antes de chegar ao meu prédio atravessei para o outro lado mais uma vez e fui novamente seguido... Não me alcançaram pois toda vez que atravessava corria no meio dos carros e ganhava "tempo"... Fiquem espertos. Edit: nesse caso todos aparentam ser maiores de 13 anos.”Rafael Guy “É  tá cheio de novo. Não vi mais os políciais de bike e patinete. E nem viatura vazendo a ronda. Aqui na rua onde moro a noite escuto eles arrombando as bikes e patinete ?  triste muito triste ?”D.A.R. “Sim eles voltaram, os vi na Faria Lima neste sábado, dois em um patinete que não estava bloqueado. Infelizmente eles têm a lei do seu lado e não podem ser presos, Só nos resta tomar cuidado !”B.B. “Voltaram mesmo, meu filho está indo pra faculdade, e estava falando no Cel dentro do ônibus o ônibus estava parado no farol em frente a igreja Nossa senhora do Monte Serrat,  janela estava aberta e o trombadinha puxou o celular, meu filho desceu e foi atrás deles pela rua Butantã, eles viraram naquela rua q da acesso a rua Amaro cavalheiro, e lá tem vários motoboys, daí meu filho pediu ajuda e os motoboys cercaram os garotos na Amaro cavalheiro, jogaram o Cel do meu filho no chão, meu filho só não chamou a polícia, pois tinha prova, mas os trombadinhas ainda tomaram uns cascudos dos motoboys, e triste mas não tem nenhum órgão público que possamos recorrer ou mudar a história dessas 'crianças’. S.S. “Na segunda eu vi dois,vem frete a estação de metrô da Faria Lima, abordaram uma pessoa nas bicicletas , a pessoa foi embora e eles começaram a mexer nas bicicletas que estavam "estacionadas". Isso porque tinham dois policiais na Teodoro, um pouco mais a frente.” C.N.
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