23/11/2023 às 22h57min - Atualizada em 23/11/2023 às 22h57min

​Prefeito pede cancelamento de contrato de concessão de energia com a Enel

O prefeito Ricardo Nunes pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de concessão da energia elétrica da cidade de São Paulo com a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia na capital. Os problemas com a concessionária se intensificaram este mês, quando milhões de munícipes foram submetidos a  ‘apagões’ coletivos de energia, que mostrou o despreparo que a concessionária tem com a capital, pela incapacidade de atuar em casos semelhantes de crises, por mudanças climáticas bruscas e ventos fortes, que causaram a queda de centenas de árvores na rede elétrica. Com a propalada redução de pessoal confirmada pela empresa, todos os serviços da municipalidade se tornaram lerdos e ineficazes, com residências, comércio e indústria ficando sem energia por até 6 dias, causanto grandes prejuízos a todos. . “Temos 3.690 árvores que estão em contato com a fiação e não podemos remover”, informou Nunes.

Depoimentos apontam problemas
“Em várias ruas do Butantã, árvores caídas sobre a rede de energia, e apesar do chamamento para a Enel, para depois a Subprefeitura liberar o local, a empresa não comparece ou demora demais para atender a população. Um caos!” O.M.

“No último dia 19, no desespero, perto do meio dia, sai nas ruas à caça de um caminhão da Enel. Encontrei um parado, numa praça que tem um Carrefour Bairro, sem fazer nada! Fui falar com eles que estava sem luz e se havia previsão de retorno. Eles falaram que toda a região tinha energia e não havia chamados...Fiquei ‘doidaaaa’ de raiva e falei que chamaria a policia se não fossem até minha rua!” E.M.

“Eu estive olhando no grupo do meu condomínio, desde de fevereiro estamos com interrupções constantes de energia na área do Portal do Morumbi. É latente o problema, e não dá nem para dizer que foram os ventos fortes, isso já está evidente há tempos!” J.B.

Concessão pública
Por ser uma empresa sob concessão federal, a Enel é submetida às regras da Aneel, agência federal que faz a regulação e a fiscalização das concessionárias de energia. “Eu, como prefeito de São Paulo, sou a voz de milhares de pessoas que estão sofrendo com esse péssimo atendimento de agora e de já algum tempo”, disse Nunes.
No dia 16, um dia após a nova chuva que atingiu a cidade e deixou vários munícipes novamente sem energia elétrica, o prefeito afirmou que a situação ficou insustentável. 
Além disso, a Administração Municipal enviou ofícios ao Procon de São Paulo e à Aneel cobrando responsabilidade e pedindo aplicação de multa contra a Enel, em razão da demora da concessionária em restabelecer a energia no município.

CPI’s vão se comunicar
A primeira reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel, após sua instalação na Câmara Municipal de São Paulo, aconteceu nesta quinta-feira (16/11) com a aprovação de 14 requerimentos, entre convites, pedido de informações e realização de Audiências Públicas. Também houve acordo para realizar uma diligência à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) na próxima semana.
A intenção do colegiado é conversar com os membros da CPI do Legislativo estadual que já investiga a Enel desde maio deste ano, quando foi criada, antes do apagão de 3/11 provocado por fortes ventos na capital paulista.
“Eles estão à nossa frente. Nós abrimos agora porque houve esse desastre na cidade de São Paulo. A Enel deixou milhares de paulistanos sem energia elétrica durante uma semana. A Alesp já vinha percebendo indicativos de queda de qualidade nos serviços da Enel, por isso instalaram a CPI ”, explicou o vereador João Jorge (PSDB), presidente da CPI da Enel.

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