16/11/2023 às 23h44min - Atualizada em 16/11/2023 às 23h44min

​População deve ser ouvida sobre piscinão do Morumbi e corte de 60 árvores

De acordo com especialistas, os supostos piscinões que devem ser construídos no Morumbi, devem ser a última alternativa contra enchentes e alagamentos. Inclusive, pelo alto valor necessário para a sua construção. Sem contar, ainda a necessidade de manutenção e limpeza permanentes. Os investimentos primários deveriam ser feitos em formas de auxiliar a melhor drenagem da água. Como exemplos, foram citados o aumento de jardins de água e trabalhos nas galerias e dutos subterrâneos.
Representantes locais entraram com uma representação no Ministério Público de São Paulo para tentar reverter a construção de um piscinão na Praça Roberto Gomes Pedrosa. De acordo com documento ao qual a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 teve acesso, foram solicitadas “medidas necessárias e urgentes para evitar danos ambientais irreversíveis”.
O vereador Cel. Salles aponta que os “piscinões são as novas várzeas, as várzeas da atualidade. Por mais incrível que pareça, o que as pessoas não sabem, nós moramos entre rios. Quando você vê uma baixada, muito provavelmente seja uma bacia. Na região, nós já temos um outro piscinão em projeto atrás do Estádio Cícero Pompeo de Toledo, além da questão do córrego Antonico, onde até mesmo pessoas estão sendo removidas. Então, não é só aquele problema das árvores, nós temos uma série de medidas que estão sendo adotadas para mitigar os impactos – e que não são poucos. Muitas vezes nós vemos que ali no clube enche, fica intransitável, nós temos unidades hospitalares, moradores, colégios, uma série de estruturas que precisam ser ouvidas com relação à instalação ou não desse piscinão na Praça Roberto Gomes Pedrosa”, ponderou. 
Para Salles, há duas medidas essenciais: “A população deve ser ouvida, deve-se consultar, fazer uma comissão, 'Audiências Públicas' e coloco o gabinete à disposição. E também é importante ver o caso das árvores. Eventualmente, se chegar a conclusão de que se não houver outra forma, que não o piscinão, nós temos a USP, grandes engenheiros: será que não é possível ao invés de cortar estas árvores, fazer a remoção – que talvez seja mais caro, mas são indivíduos arbóreos; nós precisamos pensar no meio ambiente”. 
O vereador reforça a necessidade de diálogo constante, para definir os melhores passos a serem dados. “Eu acho que é preciso ouvir a população, ouvir os técnicos, esgotar todas as possibilidades. Se realmente houver a necessidade, podemos pensar em colocar essas árvores no entorno, por exemplo, na av. Jorge João Saad, ou logradouro próximo, para que não haja impacto na região”, reitera. 
No entanto, a questão das árvores é significativa e o vereador pondera sobre a necessidade de sua manutenção. “É preciso alinhar para que as árvores permaneçam na região, dentro do bioma. É preciso ouvir a população. Mas também é preciso considerar que hoje temos um problema com os alagamentos. Agora, qualquer atitude passa por escutar a comunidade e escutar a parte técnica”, finaliza.

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