09/08/2019 às 17h29min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h46min

Plano Diretor do Ibirapuera inicia Consulta Pública

A elaboração do Plano Diretor do Parque Ibirapuera terá continuidade em sua agenda de processo participativo, que começou nesta quarta-feira (7), com a abertura da Consulta Pública. Ela estará disponível na plataforma de Gestão Urbana e poderá ser consultada até o dia 25 de agosto. Para participar, é simples: o munícipe acessa a plataforma no endereço https://participe.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/, fornece alguns dados cadastrais e insere seu comentário, que poderá ser visualizado por todos. A Consulta Pública colocará à disposição da população a minuta desse Plano Diretor, dividida em dois cadernos. As contribuições serão compiladas ao término do prazo estipulado e serão importantes para consolidá-lo junto à opinião pública. Também estão em elaboração os planos para os demais parques que integram o 1º Lote de Concessão. O prazo de entrega do Plano Diretor do Ibirapuera, conforme acordo com o Ministério Público, é setembro. Vale destacar que o documento disponibilizado para Consulta Pública é uma minuta da consolidação dos trabalhos que estão em elaboração pela equipe técnica da SVMA até o momento. Ele passará por revisões, sobretudo após esta etapa de participação da sociedade, e deverá incorporar as sugestões pertinentes. Esta nova etapa de atividades inclui uma pesquisa digital, que pode ser acessada até o dia 25 deste mês, e pesquisas presenciais nos parques. A agenda de agosto inclui fóruns temáticos, a serem realizados nos dias 16 e 22 de agosto, e duas audiências públicas, marcadas respectivamente para os dias 14 e 24 de agosto. O Plano Diretor de um parque fornece balizas de uso, deveres de monitoramento e cuidados com a fauna e flora, com os recursos hídricos e demais sistemas que envolvem suas funções ambientais. Também define diretrizes para a realização de eventos a fim de contribuir para o ordenamento, a manutenção e a adequação aos usos sociais. A missão do GT responsável pelo documento é consolidar toda a estrutura normativa existente em um só documento, visando aprimorá-lo e, também, incorporar as boas práticas que vinham sendo implantadas no Parque. História Mais de 14 milhões de visitas por ano. O número pode impressionar, mas quem frequenta o Ibirapuera aos domingos sabe que esse é um dos lugares onde os paulistanos e quem é recebido pela cidade mais se sentem em casa. Inaugurado em 21 de agosto de 1954 durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, o projeto do Parque foi concebido pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello, Ícaro de Castro Mello, além do paisagista Augusto Teixeira Mendes. São 158 hectares de terra, um oásis verde em meio a todo concreto e asfalto da cidade. Mas a sua história é anterior ao próprio IV Centenário. O projeto ocuparia uma região bastante alagada – aliás, o nome do bairro, em tupi, significa pau podre, ou árvore apodrecida. Mas a ideia era muito mais antiga. Já em 1890, quando o governo federal “deu” as terras ao município, a área ficou bom tempo apenas como brejo – porque era só o que havia ali. As terras só foram reconhecidas como território municipal em 1916, quando o prefeito Washington Luís loteou o entorno para valorizar seu entorno, fazendo nascer o bairro do Jardim Lusitânia. O prefeito José Pires do Rio viu ali a necessidade de substituir o brejo por um parque, objetivando a “higiene da comunidade”. Foi assim que boa parte das terras foi incorporada ao projeto, culminando com uma troca de terrenos em 1927 que praticamente criou o parque. A instalação do viveiro de plantas e do plantio dos primeiros pinheiros, por volta de 1928, iniciou a reforma urbanística, principalmente de drenagem, para sua construção. Hoje, o “Ibira”, como é carinhosamente chamado pelos paulistanos e por todos os visitantes do país e até do exterior, oferece as mais variadas atividades. Do esporte (pista de cooper, ciclofaixa, quadras poliesportivas, campos de futebol, aparelhos de ginástica) aos equipamentos culturais (teatro, museus, oficinas); da ciência (escola de astrofísica, planetário) à educação ambiental (UMAPAZ); das aves às árvores.


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