01/11/2023 às 21h10min - Atualizada em 01/11/2023 às 21h10min

​População cobra atenção ao meio ambiente e à Zona Residencial na ‘Audiência Pública’ da ‘Revisão da Lei de Zoneamento’

A 'Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal' realizou a segunda 'Audiência Pública' sobre a Revisão da 'LPUOS' (Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo), mais conhecida como Lei de Zoneamento. O debate foi realizado na Associação Comercial da Lapa. Meio ambiente e a preservação das ZER (Zona Exclusivamente Residencial) foram os destaques.

Subprefeitos estiveram presentes
Estiveram presentes os subprefeitos que compõem a zona oeste: Leonardo Casal Santos, de Pinheiros, Sidnei Couto Junior, do Butantã, e Ismar Marcílio de Freitas Neto, da Lapa que apontou a importância da participação popular. “Democracia é isso, escutar a todos e chegar no melhor consenso”, comentou.

Participação popular
Ao todo, 37 pessoas se inscreveram para falar durante o debate, que contou com moradores, integrantes e líderes de movimentos e entidades da região oeste. Para a integrante do Pró Pinheiros, Maju Imai, as áreas dos eixos de miolos de bairro não deveriam ter sido ampliadas para mais construções e reclamou da forma como se deu a participação popular para a formulação do PL de Revisão do Zoneamento feito pela Prefeitura. “Os nossos projetos não apareceram e não foram anexados na apresentação feita pela Prefeitura. Precisa ter uma sobreposição num mapa nítido das construções novas, sobre os rios para entendermos tudo o que está acontecendo. Estão destruindo toda a nossa parte de recursos hídricos, todas as árvores estão caindo. Eu trabalho com clima, já percebemos que em Pinheiros, em outubro, foram dois graus acima da média histórica”, falou.
Já a conselheira do CADES (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) da Lapa, Jupira Cauhy, informa que é preciso chamar a atenção da população e dos vereadores para as questões ambientais. “Nas mudanças climáticas, estamos passando por um calor imenso,  pois devemos conservar mais as áreas verdes. Dei como exemplo que aqui na nossa região, na Água Branca, uma praça com 300 árvores foram arrancadas e isso se contrapõe àquilo que propomos. Gostaríamos que a Lei de Zoneamento mantivesse esse cuidado com drenagem,   com o meio ambiente e com todas as outras questões que estão trazendo nesta audiência pública”, comentou.
A diretora executiva da Sociedade Amigos da Cidade Jardim, Solange Melendes, destacou que a proposta do Executivo não contempla a área social. “Não tem nada sobre habitação social. O prefeito garantiu que no projeto, ele não iria mexer nas zonas corredores. E já aparece demandas que vão ser mexidas nas zonas estritamente residenciais, que são o pulmão verde dessa cidade. Elas são as que fazem com que a cidade respire hoje, ainda mais com as mudanças climáticas que estão acontecendo”, disse.

Vereadores explicam
A discussão foi presidida pelo vereador Rubinho Nunes (UNIÃO). “Teremos mais de 40 audiências realizadas em toda a cidade. Cada vereador, tem a prerrogativa de indicar as Subprefeituras. O  intuito é que todos participem agora na construção do texto revisado”, esclareceu. Fabio Riva (PSDB), pontuou a importância da participação popular. “Ela que vai enriquecer o debate. A oitiva da sociedade através da proposta que chegou do Executivo, temos o papel de modificar, ampliar e aprimorar o processo no Legislativo ouvindo a população”, disse. Rodrigo Goulart (PSD),  explicou outras formas de participar do processo. “Além da audiência presencial, nós temos outras diversas formas de participação, inclusive no 'hotsite' da Câmara, a pessoa pode preencher o formulário e colocar a sua demanda”, falou. “Nossa expectativa é que tenha muita participação, muita democracia”, ressaltou a integrante da Comissão de Política Urbana, Silvia da Bancada Feminista (PSOL) e Paulo Frange (PTB) afirmou que a maior preocupação de toda zona oeste é a “chegada do metrô, ou seja, o descongelamento dos eixos, pois agora ampliados, estão causando uma preocupação muito grande da população no sentido de uma grande verticalização”, frisou.

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