02/08/2019 às 14h13min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h46min

Atleta de Paraisópolis disputa o Panamericano

Bianca Silva foi eleita a melhor atleta de rugby em 2018 pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e disputou os jogos Panamericanos em Lima na última semana. De acordo com a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Bianca é “a brasileira com mais trys na história da Copa do Mundo de Rugby Sevens”, com cinco em quatro jogos. Mas a vida dela poderia ser bem diferente, não fosse a presença de um projeto social na comunidade de Paraisópolis. Ano passado, a atleta foi um dos destaques da campanha de divulgação da modalidade feminina do esporte da Federação Internacional. Em entrevista à Federação, comentou que descobriu o rugby aos 11 anos de idade. Atualmente, Bianca defende o Leoas de Paraisópolis, que é um time fundado pelo Instituto Rugby Para Todos, que assumiu uma categoria adulta em 2016, entrando no cenário nacional de rugby. Rugby Para Todos O Instituto Rugby Para Todos (IRPT) começou em 2004 como uma oportunidade para jovens de Paraisópolis “de aprender o rugby e seus valores de união, disciplina e amizade, entre outros”. Desde então, o projeto já ajudou na formação pessoal de mais de 5 mil crianças e adolescentes através do esporte, em São Paulo e no Rio. Além disso, o IRPT atua na formação de atletas de alto nível, que representam faculdades, clubes da primeira divisão Paulista e as seleções nacionais Juvenis e Adultas, Masculinas e Femininas. Em 2004 foram dados os primeiros passos para o surgimento da instituição, em Paraisópolis, bairro pobre da zona sul de São Paulo. A aceitação do esporte e da metodologia Rugby Para Todos na comunidade foi enorme, e hoje o projeto atende mais de 200 alunos no local, com idades entre 6 e 18 anos. O Instituto afirma que tem como missão promover o desenvolvimento da cidadania através da prática dos princípios do Rugby, tendo como visão ser um agente efetivo na promoção do esporte educacional, através de metodologia inovadora e exclusiva, desenvolvida por uma equipe multidisciplinar de profissionais. Através do esporte, eles pretendem promover os valores de respeito mútuo, lealdade, responsabilidade, união, cooperação, amizade, igualdade e disciplina. Instituto Anjos do Esporte Outras iniciativas também tentam promover a cidadania através do esporte na região. O Instituto Anjos do Esporte é um projeto social fundado por André Brazolin, ex-atleta profissional de basquete que atuou na seleção brasileira e em clubes como Flamengo e Corinthians. O instituto tem como missão a promoção da assistência social; proteção dos direitos da criança e do adolescente; desenvolvimento de atividades esportivas como base de integração social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção da qualificação profissional para integração no mercado de trabalho; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; experimentação não lucrativa de novos modelos socioprodutivos e sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; promoção da ética, paz, cidadania, direitos humanos, democracia e outros valores universais. Hoje, o instituto conta com uma equipe de 25 voluntários, entre administradores; professores e técnicos de basquete, handebol e futebol; fotógrafos; responsáveis pela alimentação, transporte e captadores de recursos. Todos dirigidos por Brazolin. O projeto iniciou os trabalhos em Minas Gerais e, de lá para cá, ajudou na recuperação de detentos e crianças carentes. Hoje está focado na comunidade de Paraisópolis e na Cracolândia, em São Paulo, utilizando o esporte como meio de integração social e ajuda ao próximo. Atualmente, mais de 400 crianças e jovens em condição de vulnerabilidade social são atendidos com uma metodologia de humanização através do esporte como ferramenta para a transformação social e pessoal. Os jovens vivem em condições precárias no que se refere a alimentação, higiene, saúde e educação. A realidade de exclusão social, os vínculos familiares frágeis e a autoestima comprometida não lhes permitem enxergar perspectiva para o futuro. Sem ajuda, é pouco provável que consigam desenvolver seu potencial humano.


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