19/07/2019 às 15h21min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h47min

Encontros abertos aos paulistanos discutem Plano Diretor do Ibirapuera

A comunidade pode construir coletivamente o Plano Diretor do Parque Ibirapuera, consolidando de forma diferenciada a participação popular no processo. O processo participativo indicará aos técnicos e aos Conselheiros as diretrizes desse plano, partindo da visão dos usuários do espaço. Icônico, o Ibirapuera completará 65 anos em agosto e tem uma íntima relação com a cidade e seus habitantes, daí a importância de uma ampla participação popular na elaboração de seu Plano Diretor. O Ibirapuera integra o primeiro lote de concessão dos parques municipais, composto pelos parques Tenente Brigadeiro Faria Lima, Jacintho Alberto e Jardim Felicidade (norte); Eucaliptos (sul), e Lajeado - Izaura Pereira de Souza Franzolin (leste). As atividades começaram nos dias 13 e 17. Ainda restam dois encontros marcados para os dias  20 e 22 de julho. O projeto em curso para o desenvolvimento dos trabalhos tem metodologia baseada na leitura empírica do parque pelos participantes, que será somada às bases técnicas e teóricas em elaboração pelos técnicos da SVMA. O objetivo é consolidar o conteúdo do próximo Plano Diretor do Parque Ibirapuera, compreendendo seus aspectos históricos, situação atual e visão de futuro, em proposta que objetivou principalmente atender às expectativas do Conselho Gestor do Parque, buscando uma ampla participação popular. Agenda No dia 20, sábado, sob o tema Serviços Ambientais, as atividades acontecem das 9h às 18h.  A agenda tem como ponto principal a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), local dos debates e oficinas, além das caminhadas pelo espaço público. No dia 22, será realizada das 19h às 21h a consolidação desse projeto, cujo objetivo é consolidar as atividades de oficinas e, principalmente, dar uma devolutiva aos participantes, oferecendo assim uma construção coletiva para o Plano Diretor. O Plano Diretor contempla as regras de uso existentes e consolida outras normas de forma a atender à defesa da fauna e da flora e a fruição do público. Dentre os temas contemplados no Plano Diretor estão a garantia de manutenção dos espaços atuais, o acesso livre dos munícipes sem qualquer tipo de cobrança, a garantia de permeabilidade do solo e inserção, quando necessário, de edificações específicas para sanitários, vestiários e serviços de alimentação, desde que não promovam impacto à permeabilidade atual, respeitando todo o regramento e diretrizes ambientais e de patrimônio cultural. História Mais de 14 milhões de visitas por ano. O número pode impressionar, mas quem frequenta o Ibirapuera aos domingos sabe que esse é um dos lugares onde os paulistanos e quem é recebido pela cidade mais se sentem em casa. Inaugurado em 21 de agosto de 1954 durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, o projeto do Parque foi concebido pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello, Ícaro de Castro Mello, além do paisagista Augusto Teixeira Mendes. São 158 hectares de terra, um oásis verde em meio a todo concreto e asfalto da cidade. Mas a sua história é anterior ao próprio IV Centenário. O projeto ocuparia uma região bastante alagada – aliás, o nome do bairro, em tupi, significa pau podre, ou árvore apodrecida. Mas a ideia era muito mais antiga. Já em 1890, quando o governo federal “deu” as terras ao município, a área ficou bom tempo apenas como brejo – porque era só o que havia ali. As terras só foram reconhecidas como território municipal em 1916, quando o prefeito Washington Luís loteou o entorno para valorizar seu entorno, fazendo nascer o bairro do Jardim Lusitânia. O prefeito José Pires do Rio viu ali a necessidade de substituir o brejo por um parque, objetivando a “higiene da comunidade”. Foi assim que boa parte das terras foi incorporada ao projeto, culminando com uma troca de terrenos em 1927 que praticamente criou o parque. A instalação do viveiro de plantas e do plantio dos primeiros pinheiros, por volta de 1928, iniciou a reforma urbanística, principalmente de drenagem, para sua construção. Hoje, o “Ibira”, como é carinhosamente chamado pelos paulistanos e por todos os visitantes do país e até do exterior, oferece as mais variadas atividades. Do esporte (pista de cooper, ciclofaixa, quadras poliesportivas, campos de futebol, aparelhos de ginástica) aos equipamentos culturais (teatro, museus, oficinas); da ciência (escola de astrofísica, planetário) à educação ambiental (UMAPAZ); das aves às árvores.


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