06/09/2023 às 22h19min - Atualizada em 06/09/2023 às 22h19min
Contas da Sabesp dobram de preço
A população da região do Bairro City Boaçava, Alto de Pinheiros e parte da Vila Madalena está assustada ao averiguar suas últimas contas altíssimas de água, após troca de hidrômetros pela Sabesp. De acordo com depoimentos, foram registrados casos de quantias muito acima da média, com valores até cinco vezes maiores que o usual. A Cia. alega pela sua Ouvidoria que “está havendo problemas para aferições de hidrômetros ultrassônicos”, mas demora para resolver os problemas causados, prejudicando a todos, que estão otimistas sobre a desestatização da Cia., que continua fazendo “política” com o famigerado Projeto ‘Novo Rio Pinheiros’, com ‘Usinas de Tratamento de Água/Esgoto’ milionárias dos córregos poluídos, sem nenhum resultado plausível para despoluição, pelo contrário, está jogando detritos pelas ruas com caminhões sem equipamento adequado, pois não possui coletores instalados na região.
Depoimentos
Depoimento de leitores ouvidos pela Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais afirmam que os problemas com as contas de água começaram em abril deste ano. Segundo relatos, as trocas de hidrômetros na região teriam sido o ponto de partida dos problemas. Há registros de contas com até 5 vezes o valor anterior, agora corrigido. Moradores locais entraram com pedidos na ARSESP - Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo contra as cobranças da Sabesp nos últimos meses. Alguns já obtiveram parecer favorável, mostrando que a Cia. abusa e supostamente não corrige os problemas, que continuam deixando a população cada dia mais preocupada, pagando valores altos e não recebendo "créditos" nas próximas contas, nem indenizações, pelo desserviço da empresa.
Ouvidoria
Segundo registros obtidos pela reportagem da Gazeta de Pinheiros, a ouvidoria da própria Sabesp aponta “problemas para aferições de hidrômetros ultrassônicos”. Para isso, seria “necessária uma maleta especial que ainda está sendo confeccionada..."de acordo com email enviado a consumidores.
Troca de hidrômetros
Questionada sobre o tema, a Sabesp informa que está agendando, junto aos clientes, a troca do hidrômetro no imóvel. A Companhia esclarece que os aparelhos retirados serão enviados para aferições e, somente após emissão dos resultados, irá concluir a análise das contas emitidas. Reclamações foram registradas no Serviço de Atendimento ao Usuário da Arsesp, neste ano, sobre o assunto “Substituição de medidor” e referentes aos péssimos serviços e mal atendimento da Sabesp, segundo os moradores.
A Arsesp divulgou dezenas de reclamações até agosto último. “Importante saber que a Sabesp, periodicamente, troca hidrômetros como um programa de manutenção de medidores e como uma ação do programa de redução de perdas”, apontam.
Como funciona a conta
O hidrômetro instalado em sua casa é o aparelho que mede o consumo de água. Ao fazer a leitura periódica dele, você vai poder conferir a sua conta, controlar o seu consumo e até descobrir possíveis vazamentos. O cálculo da tarifa de água é progressivo: quanto maior o consumo, maior o preço. Qualquer descuido ou desperdício poderá custar caro.
Desestatização da Sabesp
De acordo com o Governo do Estado, a Sabesp passará por uma oferta pública de ações no modelo de 'follow-on', atraindo acionistas de referência e mantendo o Estado com participação minoritária na empresa. "A operação permitirá redução imediata da tarifa de água e esgoto após a desestatização, segundo estudos conduzidos pela International Finance Corporation (IFC), instituição do Grupo Banco Mundial. Também estima-se que a Sabesp assegure R$ 66 bilhões em investimentos, para universalizar o acesso a água e esgoto coletado e tratado dentro dos 375 municípios atendidos pela companhia, incluindo áreas urbanas irregulares e rurais hoje não contempladas.
Reclamações da poluidora UR Antonico
Outras reclamações contra a Sabesp, partem dos moradores do Morumbi sobre a URAntonico, uma verdadeira usina de esgotos de mais de R$ 100 milhões de investimentos, que cortou centenas de árvores frondosas de um bosque completo em frente ao Estádio do Morumbi, condenado pelo Tribunal de Justiça, após denúncia dos moradores ao Ministério Público, que espalha detritos e fezes pelas ruas da região, já que no local não possui coletores para usinas de tratamento. Vizinhos denunciam odor de esgoto e de produtos altamente poluentes químicos, no processo do ‘Novo Rio Pinheiros’.
