18/08/2023 às 00h27min - Atualizada em 18/08/2023 às 00h27min

​PERIGO: capivaras invadem as pistas de veículos das Marginais Tietê e Pinheiros

As capivaras são encontradas com frequência nas proximidades das marginais Pinheiros e Tietê. Devido a degradação de seu habitat natural, elas saem de suas áreas naturais em busca de abrigo e alimento, causando um desequilíbrio em outras áreas, fato que é acentuado pela sua eficiência reprodutiva. Leitores do Grupo 1-Gazeta de Pinheiros denunciam o perigo do trânsito dos animais nas Marginais Tietê e Pinheiros. A Prefeitura, o Governo do Estado, o CAPA-Centro de Apoio à Proteção Animal e a EMAE-Empresa Metropolitana de Águas e Energia  explicam tudo sobre o assunto e o projeto em andamento, mas precisam tomar providências urgentes, antes de acidentes fatais.

Depoimentos apontam situação
“Capivaras invadem os rios Tietê e Pinheiros e caminham livremente em direção as vias Marginais, colocando em perigo veículos e motoristas. Como em vários locais não há muro de proteção total, os animais podem passar por espaços livres e invadir as pistas. O que fazer? E o alimento para estes animais? Notamos vários deles revirando lixo a procura de alimento.” W.L.

“Apesar do esforço na preservação das capivaras, parece que a migração as trouxe para os rios Pinheiros e Tietê, de maneira irregular ou atribulada. É importante a captura e envio para rios limpos e com alimentação natural, ou tomar providências urgentes, antes de novos acidentes”. F.D.

Estado indica implementação de barreiras
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) informa que o monitoramento das capivaras na região dos rios Pinheiros e Tietê, é realizado por meio de parceria entre a Coordenadoria de Fauna e o Projeto CAPA, que conta com autorização para manejo de fauna, dispondo de médica veterinária e pessoal de apoio. A capivara é de ocorrência natural dos citados rios. São roedores semiaquáticos que habitam áreas de remansos de rios e lagos. A SEMIL juntamente com outros órgãos responsáveis pelas áreas das margens dos rios tem trabalhado para implementação de barreiras que impeçam a saída dos animas.

Biólogos explicam
“O que temos feito e pedido aos órgãos responsáveis, é que as áreas de emergência do rios Tietê e Pinheiros, onde tem aberturas, sejam fechadas para evitar os atropelamentos. Já tivemos diversas reuniões com SEMIL, EMAE, DAEE e CET. Fechando as saídas de emergência, os animais não conseguem mais ir para a pista. Temos um relatório que fizemos no final do ano passado, e que foi reapresentado agora em julho. E quanto ao habitat delas é ali mesmo pois vivem bem, mesmo diante de tanta poluição. As capivaras são muito ‘territorialistas’. Cada grupo tem um macho alfa. Onde tem um grupo não passa outro, porque os machos brigam, muitas vezes até a morte. No Tietê há uma média de 100 e no Pinheiros 120 capivaras”, concluem biólogos do Projeto CAPA.

Histórico
O Projeto CAPA foi criado em parceria com a ativista da causa animal Mariana Aidar. Ele atua há 4 anos ao longo do Rio Pinheiros, monitorando e resgatando tanto os animais silvestres como domésticos. O Projeto faz um trabalho em especial com as capivaras. São resgatadas e tratadas quando necessário, e também é feita a coleta de sangue e carrapato para acompanhamento da existência ou não da bactéria da febre maculosa. Em parceria com o Departamento de Fauna, o projeto inspeciona os locais críticos para que os órgãos responsáveis tomem providencias e atropelamentos nas marginais sejam evitados. Temos uma equipe composta por veterinários, biólogos, estagiários e auxiliares de campo. @projeto.capa

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