18/08/2023 às 00h21min - Atualizada em 18/08/2023 às 00h21min

​Comunidade se une por melhorias no trânsito da Giovanni Gronchi

Continuam os protestos da comunidade contra a CET, que nada faz para melhorar o corredor viário da Avenida Giovanni Gronchi. Não realiza estudos, nem faz monitoramento adequado e não aceita sugestões de engenheiros e da comunidade, deixando a importante via ao abandono. O caos continua com sentido do tráfego de mão simples, para veículos nos horários de pico de maior trânsito, sentido bairro/cidade (6 às 10 horas) e cidade/bairro (16 às 20 horas), além do problemático corredor de ônibus implantado nesta estreita avenida, em todo o traçado e com inúmeras ruas perpendiculares, para acesso às áreas residenciais, .

A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais conversou com lideranças locais sobre o tema.
Quais são os principais problemas enfrentados pela população local no trânsito?
Samovis-Sociedade Amigos do Morumbi e Vila Suzana - "O Morumbi está ficando a cada dia mais ilhado, principalmente nos horários de pico das escolas e das empresas, quando trechos de menos de um quilômetro da Av. Giovanni Gronchi, costumam consumir até uma hora de congestionamento. Esse é um tempo insano, que expõe cotidianamente os motoristas e seus passageiros a riscos crescentes de assaltos por motoqueiros, ocorrências que tem aumentado significativamente. E o pior, querem colocar esses riscos na conta do policiamento, enquanto que o fato gerador da violência é o inadequado e superado sistema viário dessa via".
Vizinhos Solidários Jardim Morumbi - "Entre os principais problemas enfrentados no trânsito local está uma avenida obsoleta e sem vazão para tanto movimento. Atualmente, os motoristas ficam parados na Giovanni entre 'Estádio do Morumbi' e 'Colégio Santo Américo' e depois até o 'Ladeirão do Morumbi' (Rua Thomas de Carvalho/Flavio Americo Maurano) por mais de 1 hora, em 'horários de pico', para percorrer menos de 800 metros, com cerca de 5 semáforos e uma única faixa sentido Estádio-João Dias. Trecho extremamente perigoso da Av. Giovanni Gronchi pois fica entre as Comunidades de Paraisópolis e do J. Colombo. De manhã temos o mesmo problema no sentido bairro cidade, com milhares de moradores dos prédios das regiões tentando sair de casa e dos pais levando seus filhos nos inúmeros colégios: 'Porto Seguro' (2 unidades), Graded School', 'Santo Américo', 'Nossa Senhora do Morumbi', 'Miguel de Cervantes', além dos menores espalhados pela região. 

Quais são as sugestões para melhorar o fluxo de veículos?
Samovis - Precisamos com urgência de obras estruturantes, resgatando projeto antigos que já previam vias alternativas, tuneis de interligação, 'semáforos inteligentes' e sincronizados da Giovanni, policiamento nas escolas nos horários de aula impedindo filas duplas, corredor ligando pontos específicos (Estação João Dias até o terminal Morumbi, ou do Taboão até a av. Consolação), não se concebe tantas linhas de ônibus se cumulando na Giovanni. Enfim, é só ouvir um pouquinho a comunidade, tudo isso flui como demandas em qualquer encontro sobre o tema. Mas achamos que ouvir isto, não convém aqueles que estão consumindo tributos para resolver e não resolvem.     
Vizinhos Solidários Jardim Morumbi - Alternativas pra região: obras pra termos uma avenida alternativa paralela à Giovanni Gronchi (ex: perto do Cemitério Gethsêmani com saída na Rua Crítios) ou - 5a. faixa reversível na Av Giovanni pra fluir melhor trânsito ou ainda urbanização de ruas, calçadas e  avenidas grandes passando por dentro das comunidades de Paraisópolis ou Jardim Colombo, para servirem de alternativas.

A CET já apontou que não pretende implementar uma via reversível na Giovanni Gronchi. Qual seria a alternativa para a via em questão?
Samovis - A CET é um órgão que existe para qualificar o viário urbano, e são eles que devem acompanhar essa evolução, e se antecipar na apresentação prévia de soluções. É óbvio que o nosso viário, com mais de 50 anos, está estagnado, e há muito já demanda por obras estruturantes. É inadmissível que as competências elevadas da CET não consigam prever e garantir orçamentos para os investimentos exigidos. Ao invés disso, coloca seus gerentes nas ruas para medidas paliativas, quase sempre absurdas para o contribuinte afetado e descomprometidas com a eficácia efetiva, agindo num evidente 'me engana que eu gosto'. Ainda que sejam muito atenciosos, eles não tem o que oferecer. Recentemente recebemos gentilmente dois desses gerentes com seus auxiliares, na sede SAMOVIS, quando nos apresentaram os caminhos para as proposituras comunitárias, mas, e infelizmente, não tinham nada de novo e nem de projetos estruturantes para nos apresentar. Em resumo, temos que conviver com isso.
Tínhamos a certeza de que eles não iriam concordar com a proposta de via reversível na Giovanni, pois nunca concordam com nada vindo da comunidade. Em certo ponto acho até que eles estão corretos, afinal eles são os técnicos, entretanto, eles também não apresentam nada de novo e nem resolutivo.
Esse órgão tem que entender que está a serviço da comunidade e precisa, no mínimo, se comunicar melhor com ela. Estamos com uma obra impactante da SABESP em varias vias do Morumbi, e isso faz o caos ainda pior, e ninguém da comunidade sabia o que estava acontecendo, por que estava acontecendo e até quando ia durar. Isso é um desrespeito extremado, eles tinham que distribuir folders prévios explicando tudo isso, é o mínimo que merece a comunidade que paga o IPTU para sustentar essa estrutura. Temos certeza que os remendo mal feitos vão ficar para a eternidade. Não há o compromisso formal e nem a exigência de entregarem como encontraram a pista de rolamento por eles danificada.  

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