Lançado em 2017, o City Câmeras é uma parceria entre comerciantes, empresas, sociedade civil e Governo do Estado de São Paulo, que busca inibir a ação de criminosos e aumentar a segurança na capital paulista. Agora, através de uma parceria, o programa poderá receber até 25 mil câmeras pela cidade. Após a formalização da parceria entre a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), as novas câmeras se juntarão às 2.623 existentes hoje espalhadas por órgãos e espaços públicos, residências e pontos comerciais da capital paulista. “Basta a adesão de 10% dos 16 mil condomínios administrados pelas empresas associadas da AABIC para que São Paulo supere até mesmo cidades referência em monitoramento, como Londres, Tóquio e Nova York”, destaca o secretário de Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues de Oliveira. O secretário ressalta que as parcerias público-privada e a participação da população no City Câmeras podem inibir a prática de crimes na cidade de São Paulo. “Vamos nos tornar rapidamente a cidade mais monitorada do mundo sem gastar um real”, afirmou. Antes da criação do projeto, em março de 2017, eram apenas 75 dispositivos em toda capital ao custo mensal de R$320 mil ao contribuinte. Para o presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior, a parceria acontece em momento oportuno para combater uma crescente onda de insegurança nos condomínios de São Paulo, com aumento dos casos de invasões, assaltos e arrastões. Segundo Graiche Júnior, cerca de 80% dos aproximadamente 20 mil condomínios de São Paulo já têm um circuito fechado de TV. A parceria ajudará a Prefeitura bater a meta inicial do projeto de instalar 10 mil câmeras até o final de 2020. “Tínhamos toda estrutura, mas não era compartilhada. Temos certeza que agora o número de crimes vai diminuir”, explicou. City Câmeras As imagens são enviadas a uma plataforma de armazenamento em nuvem (rede digital de armazenamento), ficam à disposição do comando da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e podem ser compartilhadas com as polícias Civil e Militar. A intenção é dar aos órgãos de segurança mais condições de detectar, prevenir e reagir a situações de emergência com rapidez e efetividade. O sistema permite monitorar o patrimônio público, escolas, hospitais, além de grandes vias de circulação de pessoas e automóveis, como pontes, passarelas e avenidas, por meio de câmeras externas de condomínios, fábricas e empresas. Com este monitoramento é possível mapear as maiores ocorrências, até mesmo de zeladoria, como o descarte irregular de resíduos, e aumentar o efetivo de segurança, com policiais militares e guardas-civis. Entre as ocorrências monitoradas pelo City Câmeras estão descartes de entulhos e lixos irregulares; caçambas irregulares; veículos abandonados; iluminação pública; pessoas suspeitas; crimes (roubo ou furtos); veículos suspeitos; acompanhamento (pós-crimes) gravações por sete dias, em nuvem; além de proporcionar maior sensação de segurança com a fixação de placas indicativas da presença das câmeras. “O diferencial da plataforma é a participação da população e da parceria público-privada, assim como fechamos com a AABIC. O Poder público, a iniciativa privada e a população se unindo com a finalidade de criar a dificuldade para a prática do crime na cidade”, explica o secretário.