Os problemas ligados à falta de luz e as dificuldades de resolução estão sendo pauta da Gazeta de Pinheiros/Morumbi News – Grupo 1 de Jornais. Na edição do dia 3 de maio, foi publicada a matéria “Falta de energia continua e ‘Enel’ não respeita a população” com queixas de leitores. A empresa afirma em nota que, em 2018, a Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) caiu 29,4%, totalizando uma média de 4,39 vezes na área de concessão. Já o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) teve queda de 38,7%, totalizando 7,18 horas. Porém, no mês de março aconteceu um encontro da empresa com o Procon, onde houve cobranças sobre as situações de interrupção de energia. A reunião aconteceu após notificação do Procon-SP solicitando esclarecimentos sobre a suspensão no fornecimento dos serviços e quais as medidas e soluções foram adotadas pela empresa. Questionada pelas razões da demora no reestabelecimento de energia, a empresa argumentou que cada ocorrência é uma situação diferente. “Em caso de queda de árvores, por exemplo, o trabalho para o restabelecimento de energia é mais complexo. Quando recebemos um chamado, uma equipe é enviada ao local para inspecionar rua a rua até localizar o defeito que causou a interrupção, que pode ser simples e os próprios técnicos que estão no local conseguem resolver na hora. Em algumas situações, é necessário o envio de outras equipes ou ainda trabalhar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, quando há queda de árvores de grande porte, o que aconteceu em alguns dias do último mês”, explicam. Antonio Goulart e o Vereador Rodrigo Goulart impetraram uma ação civil pública no Mistério Público do Estado de São Paulo contra a empresa. “Nossa denúncia foi acatada, portanto foi aberta uma ação civil pública contra a Enel. No dia 25 de fevereiro, após um temporal, tivemos um apagão na cidade de São Paulo pela total irresponsabilidade da empresa, que tinha quatro horas para restabelecer os serviços, mas muitos bairros ficaram até cinco dias sem energia, causando inúmeros prejuízos aos comércios e também às residências que têm seus produtos no freezer. Prejudicou ainda muitos doentes que fazem uso de aparelhos eletrônicos e dependem de eletricidade”. Goulart destaca que, na Zona Sul de São Paulo, tem sido corriqueiro a falta de energia e por conta das árvores que caem sobre a fiação durante as chuvas. “As Prefeituras Regionais só podem fazer podas de árvores próximas à fiação com o apoio da empresa de distribuição de energia elétrica e geralmente essa poda leva até três anos para acontecer por conta de falta de agenda tanto da Prefeitura Regional quanto da empresa responsável pela distribuição de energia, e quando vem uma chuva forte muitas vezes já e tarde demais”. Antonio Goulart relembra ainda que na época em que era vereador aprovaram em 2005 na Câmara Municipal uma lei para que toda fiação da cidade fosse aterrada. “Infelizmente na época a AES Eletropaulo não cumpriu a lei, mas estamos em contato com o Ministério Público e com as autoridades do executivo municipal para também entrarmos com novas ações na justiça para obrigar agora a Enel a fazer o aterramento da fiação, só assim nós teremos maior tranquilidade na ocorrência de novas tempestades já que realmente tem chovido muito na cidade de São Paulo. Somente no dia 25 de fevereiro caíram 655 árvores no município, mas isso não justifica esta ineficiência toda. Na tarde do último domingo, 28 de abril, um vendaval atingiu vários municípios e mais uma vez a população sofreu com árvores caídas sobre fiação, não podemos permitir que isso aconteça mais”, finaliza Goulart.