10/05/2019 às 14h15min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h49min

Não faltam inovações, o que falta é ética e boas práticas

É o que alerta Carlos Brites, um dos palestrantes do XI Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, sobre o mercado e o cenário atual destas construções no país. Nos dias 16 e 17 de maio de 2019, as autoridades (pesquisadores, associações e empresas) do universo das grandes construções irão se reunir para repensar o cenário nacional do segmento. O evento vai ocorrer das 8h às 18h45, no Conselho Regional de Química, que fica à Rua Oscar Freire, 2039, em Pinheiros. O Congresso é uma realização conjunta da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) e da ABPE (Associação Brasileira de Pontes) com a intenção ainda de divulgar cases de sucesso, pesquisas e aplicações relevantes, discutir técnicas e as boas práticas recomendadas nestas importantes obras, que impactam usualmente milhões de pessoas. Em meio a um momento delicado, onde pontes permeiam os noticiários acompanhadas de problemas, desastres, falta de manutenção entre outras más notícias, observa-se, ao contrário do que pode parecer, um movimento cada vez mais forte dos profissionais, empresas, instituições, universidades e associações sérias que executam, há anos, ações e pesquisas que fazem da engenharia e dos engenheiros brasileiros uns dos mais inovadores e capacitados do mundo. A manutenção de estruturas como pontes e outras importantes obras por todo o país são objetos de trabalho de dezenas de pesquisadores, cientistas, empresas, institutos e profissionais que estarão reunidos nesse XI Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas. De acordo com pesquisador Prof. Dr. Zacarias Chamberlain Pravia, coordenador da pós-graduação das engenharias UPS (Universidade de Passo Fundo - RS), um dos palestrantes do congresso, é preciso atentar-se para as novas práticas e tecnologias no Brasil que tem reduzido drasticamente o custo e o impacto de construção de pontes, sem diminuir a qualidade. “Com isso, temos estados como Minas Gerais e São Paulo, com 60 pontes prontas em tempo recorde usando essas novas técnicas e resolvendo a necessidade de construções de pontes no país, onde 85% da demanda corresponde a estruturas de até 50 metros de comprimento. Essa solução apresenta um projeto ideal para esses casos, baratíssimo e sustentável”, explica. Pravia destaca ainda o tema de sua palestra no congresso, que busca a visão realmente sustentável do projeto com seu impacto ambiental, social e econômico. “A obra tem que ser feita a partir de estudo do ciclo de vida do projeto, como por exemplo a produção das matérias primas, a construção, a manutenção, a durabilidade, que em média hoje é de 75 anos, mas pode durar, se considerar um bom ciclo de vida, mais de 2 mil anos, como as pontes romanas, ou mais de 10 mil anos, como as pontes chinesas”, conclui o pesquisador. Segundo dados da CNT (Confederação Nacional de Transportes) existem no Brasil 54.972 quilômetros de pontes ou viadutos construídos e ainda faltam contabilizar muitos kms feitos pelos municípios. Serviço: XI Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas 16 e 17/5, das 8h ÀS 18h45; CRQ Conselho Regional de Química: Rua Oscar Freire, 2039 - Pinheiros; www.abece.com.br/cbpe2019/


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