03/05/2019 às 15h26min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

“Pancadões”: esta situação é por falta de pulso por parte do Estado, e este quadro precisa ser revertido

Sempre escuto a Rádio Bandeirantes e as notícias dos jornais de bairro do Grupo 1. E nesta quarta- feira (1/5), ouvi o relato dos “Pancadões” na região do Morumbi, alvo da matéria e manchete da edição de 26 de abril do Morumbi News. Moro em outra região da cidade e também estou sofrendo com este problema. Acredito que a sociedade civil, as pessoas de bem, precisam combater este problema com a ajuda do Estado. Quando solicito a presença da Polícia Militar, geralmente eles vêm ao local (70% dos chamados são atendidos). No entanto, a abordagem “padrão” da Polícia Militar é para gente civilizada,  pessoas que eventualmente passam do limite e respeitam a lei e abaixam o som ou desligam os aparelhos. O que não é  caso destes marginais que promovem estes “bailes funk” / “Pancadões”. Os policiais vêm com educação, e não poderia ser diferente, pedem para abaixar o som, mas não passa disto. Deveriam apreender os equipamentos e levar os responsáveis presos por desacato. No fim, acabam virando motivo de deboche por parte destes marginais. Já ouvi coisas do tipo “da próxima vez que a polícia vir aqui vou mandar eles fazerem faxina” e por ai vai... O problema é muito mais sério, pois envolve: aliciamento de menores; armas de fogo; comércio irregular (bebidas e cigarros); foragidos da justiça; formação de quadrilha (esses bailes são promovidos por Integrantes do PCC);  roubo de veículos e tráfico de drogas (esses “bailes” são uma fonte de receita importante para a quadrilha). Observação: muitos sequestros relâmpagos e roubos de cartões de crédito são para comprar bebidas, cigarros e energéticos nos supermercados que ficam abertos à noite para posteriormente serem revendidos nestes “bailes”. Acredito que é necessário fazer uma campanha: quem estiver próximo ao local deve acionar o 190 com o endereço preciso do “baile”; colocar faixas nas ruas e outras ações divulgando a ação e estimulando o cidadão a denunciar estes bailes; o Policiamento deve ser reforçado por não apenas uma ou duas viaturas, apoio da cavalaria; sempre acionar a tropa de choque para dispersar a multidão, caso necessário; pedir ajuda da CET com guinchos para retirar veículos em local irregulares e verificar estacionamento de carros travando a rua e em garagens de moradores. Assim, carros com “paredões de som” devem ser apreendidos. Alguns veículos são camionetes com alto-falantes na caçamba, além de veículos roubados, furtados, com documentação atrasada e sem condição de rodar. E o som vem de dentro de residências também, deve ter um mecanismo jurídico para que a polícia não entre e apreenda os aparelhos de som. Se for o caso, a empresa de energia desligar a energia da casa de onde vem o som. Subprefeitura apreender a mercadoria dos “ambulantes” e fechar bares que promovem este tipo de ação e verificar as inúmeras construções irregulares e terrenos invadidos. Juizado de Menores / Conselho tutelar podem apreender os menores envolvidos e citar os pais e responsáveis por deixar os menores na rua usando drogas e álcool na madrugada até amanhecer. E envolver a mídia também divulgando as ações do Estado para tentar inibir quem está participando destes “bailes”. Estas pessoas precisam começar a ter dor de cabeça também. Moro a cerca de 500 metros de um destes bailes e o som é insuportável. Agora imagina quem está do lado, pessoas de idade, crianças, pessoas que trabalham duro e que trabalham de final de semana, enfim, pessoas de bem. O Estado precisa mostrar a sua força com relação a este problema, que está insuportável e tende a piorar ainda mais. Sei que é difícil proibir os “bailes” que acontecem em várias partes da cidade, mas estas blitz precisam acontecer em sistema de rodízio e regularmente à sextas, sábados, domingos e véspera de feriados. Esta situação é por falta de pulso por parte do Estado, e este quadro precisa ser revertido. Bene Alexandre Martins    


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