03/05/2019 às 15h08min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

Falta de energia continua e ‘Enel’ não respeita a população

Ficar sem luz causa muitos transtornos para a vida de todos. Comerciantes perdem negócios e a população fica à mercê da irresponsabilidade da Enel Distribuidora, que em nada melhorou os péssimos serviços que estavam sendo realizado pela Eletropaulo. Em dias chuvosos, ainda todos temem trafegar nas ruas dos bairros da Zona Sudoeste. Preocupados com a demora no retorno quando ‘cai’ a luz, leitores do Grupo 1 de Jornais expressam sua insatisfação com a nova distribuidora de energia, a italiana multinacional  ‘Enel’, que herdou o suposto “abacaxi” da sucateada Eletropaulo, que “transferiu” a empresa com total abandono dos equipamentos e sem realizar nenhum dos prometidos projetos anunciados de modernização para a cidade, como a  implantação de cabos e fibras ópticos, remanejamentos de fios e aterramento em vários locais da cidade, entre os comprometimentos firmados com o Poder Público.    “Sem luz desde ontem (28/4) às 16h30 até agora (29/4) na Vila Andrade. A previsão de retorno da energia elétrica dada pela Enel Clientes Brasil, ontem, era às 22h30, mudou para hoje às 5h, depois para às 10h30, mudou para às 16h30 e agora é às 21h. Total descaso com o consumidor”, comenta Marcelo Figueiredo.   “É muita incompetência. Serviço mal prestado e caro. A gente paga um absurdo de caro por um serviço cada vez mais porco! É inadmissível ficar tanto tempo sem energia. Na rua onde moro ficamos das 17h de ontem (28) até às 12h de hoje (29)”, afirma Luciana Zogbi.   “Na última chuva forte, fiquei com 3 dias sem luz. A Enel informou que havia caído muitas árvores e estavam sobrecarregados! Moro próximo do Estádio do Morumbi”, detalha Maria Silva Braga.   “Que absurdo! Total falta de respeito com o consumidor, que por sinal paga muito caro”, relembra Magda Senna.   “Os incentivos estão todos distorcidos. Óbvio que se não há concorrência, haverá descaso com o investidor. A solução é acabar com esse monopólio da Enel, ex-Eletropaulo”, destaca Marcelo Messias.   “Vivemos há mais de oito anos com esse grave problema e nenhuma mudança! Nós aqui no condomínio fomos obrigados a comprar mais um gerador para não ficarmos sem luz nos apartamentos. Já tive adega e estabilizadores queimados por tantas quedas e picos de energia.  O governador João Doria tem obrigação de resolver esse absurdo!”, diz Lilian Ribeiro. Em relação ao incidente causado pelas chuvas desta semana, a Enel respondeu para o  Morumbi News – Grupo 1 de Jornais: “Enel Distribuição São Paulo informa que normalizou o fornecimento de energia para cerca de 96% dos clientes afetados pelas fortes chuvas. Ontem à noite, chuvas, acompanhadas de ventos e descargas atmosféricas, atingiram a área de concessão da empresa e causaram interrupção no fornecimento de energia em diferentes regiões. Em vários pontos, galhos de árvores e objetos metálicos caíram sobre a rede elétrica. A distribuidora ressalta que está com equipes atuando em todas as regiões para normalizar o fornecimento”, enviou Taís Barros Relações com a Mídia da Enel Distribuição São Paulo.   Indicadores operacionais Segundo nota, em 2018, a Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) caiu 29,4%, totalizando uma média de 4,39 vezes na área de concessão. Já o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) teve queda de 38,7%, totalizando 7,18 horas. Porém, no mês de março aconteceu um encontro da empresa com o Procon, onde houve cobranças sobre as situações de interrupção de energia. A reunião aconteceu após notificação do Procon-SP solicitando esclarecimentos sobre a suspensão no fornecimento dos serviços e quais as medidas e soluções foram adotadas pela empresa. O diretor executivo Fernando Capez informou que o Procon entende que a interrupção no fornecimento de energia foi decorrente das fortes chuvas e trovoadas que atingiram a cidade, mas reforçou que a Enel tem que estar preparada para esse tipo de situação. Destacou a importância das instituições traçarem um plano de contingência para imprevistos a fim de que residências e setores vitais à sociedade, como hospitais e delegacias, não fiquem tanto tempo sem o fornecimento de energia. Questionada pelas razões da demora no reestabelecimento de energia, a empresa argumentou que cada ocorrência é uma situação diferente. Em caso de queda de árvores, por exemplo, o trabalho para o restabelecimento de energia é mais complexo. Quando recebemos um chamado, uma equipe é enviada ao local para inspecionar rua a rua até localizar o defeito que causou a interrupção, que pode ser simples e os próprios técnicos que estão no local conseguem resolver na hora. Em algumas situações, é necessário o envio de outras equipes ou ainda trabalhar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, quando há queda de árvores de grande porte, o que aconteceu em alguns dias do último mês.    


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