09/02/2023 às 22h37min - Atualizada em 09/02/2023 às 22h37min

​Apenas 22,8% dos brasileiros usam preservativo durante as relações sexuais

Urologista acende alerta para doenças sexualmente transmissíveis no Carnaval

Entra ano, sai ano, a preocupação com doenças e infecções sexualmente transmissíveis (DSTs e ISTs) se intensificam durante o Carnaval e começam as campanhas de prevenção. Em sua última pesquisa sobre o tema, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que apenas 22,8% de brasileiros acima de 18 anos usam preservativo durante as relações sexuais. Ou seja, aproximadamente 26,6 milhões de pessoas.
Outro dado importante vem do Ministério da Saúde: entre jovens de 15 a 24 anos, apenas 56,6% usam camisinha. Por isso é cada vez mais importante conhecer quais são essas doenças e infecções, assim como os cuidados que é preciso ter para se prevenir e não precisar deixar de lado os momentos de diversão.
“As doenças mais comuns são as verrugas genitais, a sífilis e a gonorréia, que causa uma inflamação na uretra com corrimento bem característico. Em segunda ordem, mas não menos importante, temos a herpes genital, a pediculose, a escabiose e a tricomoníase. Outras menos comuns são a infecção pelo HIV, o linfogranuloma venéreo, conhecido como bulbão, a donovanose, e as hepatites B e C”, explica o médico urologista Heleno Diegues Paes.
Ele afirma que a melhor maneira de prevenção das DSTs ainda é usar camisinha em todas as relações sexuais, seja vaginal, anal ou oral, e faz um alerta: “Mesmo com o uso de preservativo, é possível contrair algumas doenças como as verrugas genital e a herpes genital, desde que haja lesões em áreas não cobertas”.
Outras maneiras de se proteger consistem em evitar a promiscuidade, ou seja, a troca frequente de parceiros sexuais. Até porque, elas podem ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis.
O Dr. Heleno destaca ainda que o contágio de algumas ISTs não acontece exclusivamente pelo sexo. Por exemplo, é possível contrair HIV, sífilis e hepatites por transfusão sanguínea, ou pediculose e escabiose por meio do contato com roupas contaminadas.
Mas e quem teve uma relação desprotegida, deve se preocupar? O urologista é direto: “se foi uma relação de risco, por exemplo, com profissionais do sexo, ou com pessoas sabidamente promíscuas, ou ainda, com lesões genitais visíveis, o melhor a fazer é procurar um médico. O profissional irá solicitar sorologias daquelas doenças que podem não manifestar sintomas em estágios iniciais. Basicamente testamos o HIV, a sífilis e as hepatites B e C. Também é possível fazer tratamento profilático com anti-retrovirais quando há risco de exposição ao HIV”.
Assim, não há segredo! O especialista diz que, para curtir o Carnaval com segurança, a dica é fazer sexo sempre com camisinha, manter a boa hidratação e cuidado com uso de álcool e drogas, e claro, qualquer sinal estranho procurar um médico de confiança.
Heleno Paes Urologista no Hospital Santa Marcelina e Transplante Renal na mesma instituição.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.