18/04/2019 às 17h57min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

Estreias da Semana - 19/04/19

Llorona simboliza os espíritos presos à Terra Após criar um universo expandido ligando os super-heróis da DC, a Warner Bros faz o mesmo aos seus monstros e demônios icônicos. Esse último inteiramente produzido por James Wan, reflexão direta ao comportamento da própria “Chorona”, quase idêntico ao da “A Freira”. Ambas atmosferas parecidas de clichês e sustos forçados, demônios exorcizados, cruz, a água benta e barreiras físicas. Destaque aos alívios cômicos ditos pelo curandeiro-xamã Rafael (Raymond Cruz) que tenta salvar uma família amaldiçoada. Essa famosa lenda mexicana indígena originária da colonização é uma crítica social repleta de versões peculiares espalhadas por todo continente americano. “A Mulher de Branco”, como é chamada no Brasil, é o típico espírito desencarnado que ainda não se libertou da matéria apegado aos dois filhos assassinados brutalmente, semelhante a um fantasma que assombra sua família apegado excessivamente à casa onde morou até a morte. “La Llorona” já esteve presente em diversos longas, na animação ganhadora do Oscar “Viva - A Vida é uma Festa” e até homenageada no episódio do Chaves “Os Espíritos Zombeteiros”. A Maldição da Chorona. Direção: Michael Chaves. Terror (The Curse of la Llorona, EUA, 2019, 93min). 14 anos. Nota: 2,5   Louco para fazer o bem; gênio contra o mal Hercúleo processo real de criação do Dicionário Oxford, o maior e melhor dicionário britânico de todos os tempos, em 1872, idealizado por um gênio que falava mais de 10 línguas, o Professor James Murray (Mel Gibson), um louco de sérios transtornos mentais obsessivos provocados por fantasmas do passado após servir o Exército da União como cirurgião na Batalha do Deserto em 1864. O médico americano William Chester Minor (Sean Penn) contribuiu com mais de 10.000 verbetes, em um processo que durou mais de 50 anos, na maior parte dentro de um hospício para criminosos de métodos bastante rudimentares que o enlouqueceram ainda mais em vez de curá-lo. Arrependido pelo homicídio acidental que o condenou, além de tentar perdoar a família, ele insistentemente ensina a viúva Eliza Merrett (Natalie Dormer) a arte de saber ler e escrever no elitizado século 19. O Gênio e o Louco. Direção: Farhad Safinia. Cinebiografia. (The Professor and the Madman, Irlanda, 2019, 124min). 14 anos. Nota: 3,5   Família Frankenstein moderna Desde Mary Shelley, a ficção científica se popularizou após querer brincar de Deus tentando assim controlar a vida e a morte. Ao perder toda a família em um trágico acidente, Will Foster (Keanu Reeves) decide criar clones idênticos a eles implantando suas respectivas memórias. Premissa dos idos do século 19 adaptada aos dias de hoje ressuscitará saudáveis e calorosos debates independente das más atuações, soluções óbvias, diálogos pobres e redundantes. Cópias – De Volta à Vida .Direção: Jeffrey Nachmanoff. Ficção científica (Replicas, EUA/Inglaterra/China/Porto Rico, 2018, 107min). 14 anos. Nota: 2,0   De boas intenções como a "a cura gay" o inferno está cheio Em 1993, após a tia descobrir que a sobrinha é lésbica, decide mandar a personagem principal a um refúgio gospel. Apesar do tema batido é um filme leve, feito com carinho, muito bem dirigido e atuado que opta por não fazer julgamentos, fomentar disputas ou divisões entre os internos; a começar pelo comportamento  sereno e resignado de Cameron Post (Chloe Grace Moretz), que não se opõe às atitudes opressoras dos diretores evangélicos no pé dos jovens 24h por dia, onde o mínimo excesso de ânimo ou palavra contrária à lavagem cerebral é punida educadamente. Abuso emocional de sérias consequências futuras. Seus melhores amigos são: outra lésbica que fuma maconha escondida acompanhada de um descendente de índio espiritualista que acredita na reencarnação e na comunicação com os espíritos. Maior contraste a fim de extravasar não poderia existir. O Mau Exemplo de Cameron Post .Direção: Desiree Akhavan. Drama. (The Miseducation of Cameron Post, EUA, 2018, 91min). 16 anos. Nota: 4,0   Ainda hoje idolatram bandidos revolucionários como Barrabás e condenam pacifistas como Jesus Filme bem didático acompanhado de uma narração explicativa em off destaca os momentos mais importantes da passagem de Jesus (Julián Gil)  por nosso planeta de provas e expiações: a morte de João Batista, provocada por Salomé, as três Marias: mãe de Jesus, mãe de Tiago e José e Maria Madalena. Entre os 12 apóstolos destaca-se logicamente a traição de Judas, a fidelidade ímpar de João Evangelista, o ceticismo de Tomé, e o abandono do medroso Pedro antes do galo cantar. Jesus de Nazaré – o Filho de Deus. Direção: Rafa Lara. Drama. (Espanha, 2017, 120min). 14 anos. Nota: 2,5   Nascido para roubar Adequado às teses de Cesare Lombroso, o “trombadinha” Carlitos (Lorenzo Ferro) de 17 anos, natural de Buenos Aires, em 1971, progride mais e mais. O gênio do crime, no entanto, pecou por não saber trabalhar em equipe apegando-se ao ego e à solidão acima de tudo. Erros típicos de todo o criminoso a exemplo de Pablo Escobar (Narcos) e Walter White(Breaking Bad). Como em “Julieta”, o produtor Pedro Almodóvar abusa dos perigosos e chamativos tons avermelhados em contraste ao confortável alvinegro listrado. O Anjo. Direção: Luis Ortega. Cinebiografia (El Ángel, Argentina/Espanha, 2018, 118min). 16 anos. Nota: 3,0   Santos de Todos os Gols Recordista  mundial com 12,542 bolas da rede, “O Peixe” iniciou sua jornada estreando na “Vila Famosa” em 1916, chegou ao olimpo pelos pés do esquadrão formado por Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Clodoaldo, Pelé e Edu, na década de 70, até os “Meninos da Vila” Robinho e Diego e Neymar e Ganso estufarem um pouco mais as redes, recentemente. Direção: Lina Chamie. Documentário. (Brasil, 2018, 85min). 10 anos.  
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