24/11/2022 às 22h59min - Atualizada em 24/11/2022 às 22h59min

​Saúde pública continua ruim mesmo em tempo de nova pandemia da Covid

Ação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) avaliou o atendimento ruim e sofrível da população, as condições físicas sem equipamentos e falta de remédios, além de verificar a ausência de médicos e profissionais nas unidades de saúde, mesmo em tempo da nova variante da Covid, Ômicron BQ.1. A fiscalização surpresa foi feita em mais de 270 hospitais e unidades de saúde do Estado gerenciadas por Organizações Sociais de Saúde (OSS). Desse total, 232 locais são de responsabilidade dos municípios e 41 pertencem à rede estadual. Depoimentos colhidos pelo Grupo 1 de Jornais, mostra que a comunidade está insatisfeita com a saúde pública. A população não consegue manter um plano particular de saúde, com preços exorbitantes e tem que passar por situações humilhantes como se verifica em seus relatos.

Moradores reclamam
“Dependemos do humor das recepcionistas e da equipe da farmácia, que normalmente estão de ‘cara fechada’ e mal respondem o que perguntamos. Não estão marcando consultas com clínico, e há uma má vontade imensa. Enfim, como sempre, um péssimo atendimento quando mais precisamos. Fora a falta de medicamento”. C.B.S.

“Péssimo na UBS Vila Borges, pois você tem que madrugar para conseguir uma vaga. Descaso total, fora que nunca tem remédios na farmácia”.. M.S.

“Você chega 5:30 horas na fila quando abre e não tem vaga para clínico. Falta insumos e medicamentos. Descaso total com a população”. T.S.

“Estou me sentindo indignada! Seu filho precisa de medicamentos e vai até o Posto de Saúde, e não tem! Seu filho tem que ter consulta e não tem pediatra, porque ela sai de férias e não tem substituto! Aí você passa em uma unidade em outro município, e eles não gostam! Por que será que sempre procuro outro município?” V.A.B.

“Desde novembro do ano passado tento passar meu filho no pediatra do Posto de Saúde da Vila Gomes, e eles sempre me falam isso: estão de férias, e não tem substituto. Vai cedo e recebe a mesma resposta... Com isso tenho que ir em um médico particular, se eu quiser que meu filho seja atendido. Mas nem sempre temos condições para isso. É mesmo revoltante”! S.R.

“Relate sua indignação pela falta de medicamento e médicos, pelo portal 156 ou pelo tel 156. Por redes sociais, não adianta”. M.B.
Isso é um problema grave, de saúde pública! L.A.

“Fora quando medicam a criança e o remédio está em falta até no laboratório. Um caos!” R.R.

“Fui no UBS Jardim Peri Peri, ver referente a cirurgia do meu pai e disseram que tem 19 pessoas na frente e tudo atrasou por conta das chuvas. Desculpa esfarrapada e um absurdo tanta demora!” J.C.

“Vila Gomes, péssimo atendimento. As recepcionistas parecem que estão sempre, de mal com a vida. E da farmácia, nem se fala, um pouco caso. Em geral, o atendimento, está muito, ruim, isso porque não é nada de graça, sai dos impostos que pagamos”. I.B.

No posto médico do Caxingui - Unidade Básica de Saúde Nanci Branches, Maria Zita Cecchini  aguardou duas horas por um atendimento que não ocorreu, mesmo estando com sintomas de covid. Ela foi informada que o exame RT-PCR seria realizado após avaliação do médico.  Ela  aguardou o médico por duas horas, até a enfermeira avisar que o médico não tinha mais agenda, naquele dia e oferecer apenas o teste rápido, sem o PCR.
Aconteceu algo parecido com Marco Augusto Cecchini, no mês seguinte. Ele passou no posto Nanci Abranches do Caxingui e perguntou se poderia fazer o teste de RT-PCR. Ouviu a resposta positiva e aguardou por uma hora sendo informado que não seria feito o PCR, e sim, “o teste rápido, porque o PCR somente com pedido médico, e ele não tem agenda de novo”. Marco,  deixou unidade médica com a impressão que “todo mundo que passa por atendimento lá é tratado como um número”.  Ele não foi atendido, mas ficou com a sensação que esta organização que assumiu o controle dos postos,  presta contas para prefeitura pelo número de atendimentos “
Procurou a UBS Nanci Abranches com a expectativa de tomar a quinta dose da COVID, mas só depois de mais de uma hora na fila, foi informada que só poderia tomar a vacina, se houvesse um encaminhamento médico comprovando alguma comorbidade. 
E tinha uma fila enorme de pessoas que provavelmente não precisariam esperar tanto.

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