30/09/2022 às 00h30min - Atualizada em 30/09/2022 às 00h30min

Predinhos menores e sobrados estão acabando em Pinheiros

Pinheiros já foi um bairro horizontal, com sobrados e casas. Assim, a iluminação era bem distribuída, com uma boa vegetação, ventilação e estrutura que favorecia a quantidade de famílias que viviam ou trabalhavam na região. Porém, nos últimos anos, a intensa verticalização tem adensado e a quantidade de prédios prejudicado a qualidade de vida. Sufoco com crescimento desenfreado em Pinheiros, Vila Madalena e toda a região “Construtora You, Inc está comprando predinhos na região, para ‘por abaixo’ e erguer ‘prediões’. As mudanças feitas na Lei do Zoneamento decretam a morte de Pinheiros e Vila Madalena.”P.R. “Aqueles adoradores da Vila Madalena, totalmente antagonistas no pensamento. Votam no Haddad, destruidor da Zona Oeste, mas querem a Vila como era antes, com casinhas, calma, boêmia. Vai entender. Gente louca, né?” P.I. “Vão derrubar prédios novos de 4, 5 anos para construírem outro. Absurdo. Desperdício de material, mão de obra, nada sustentável. Acho o fim”. F.T. “Essa tragédia foi anunciado na época que legislaram, mas não deram ouvidos por mais que falássemos. Eu fico muito intrigada como ficará o trânsito. Já tem quarteirão na Vila Madalena que abre o farol e fecha o farol, e os carros não conseguem atravessar. Quando construírem os seis prédios nas ruas estreitas, virará um caos. O urbanista Nabil Bonduki foi o responsável, porque era o relator do Plano Diretor.” B.T. “Agradeçam isso ao Haddad, que criou e implantou o Novo Plano Diretor de SP (conhecido como Plano Diretor das Construtoras), que está destruindo SP.” T.M. “Com o apoio do Nabil Bonduki, que faz pose de urbanista, mas está mais para demolidor.” P.R. “Este mesmo! A alegria das construtoras.” P. l. “Pinheiros, o novo Moema”. E.B. Adensamento atinge toda cidade Há algumas edições, informamos sobre o caso na rua Major José Marioto Ferreira: “A rua onde moro, Major José Marioto Ferreira, é estreita, estamos num trecho de apenas 150 m, entre Giovanni Gronchi e Sabesp, e somos 5 condomínios na rua. Estão fazendo o lançamento de um outro, com 9 andares e muitos apartamentos por andar, sem garagem. A rua não comporta esse absurdo. Estamos buscando saída, mas não está fácil.” Nessa semana, fomos atualizados sobre o tema: “As obras estão paradas e estamos com o advogado avaliando os processos. Conseguimos a abertura de um inquérito junto ao Ministério Público. Precisamos evoluir para uma ação popular.” Em resposta, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), por meio da Coordenadoria de Parcelamento do Solo e Habitação de Interesse Social (PARHIS), informa que segue em vigor o Alvará de Aprovação de Edificação Nova, emitido em outubro de 2020, para o empreendimento informado pela reportagem. O processo para Alvará de Execução de Edificação Nova está em análise na Secretaria. A SMUL tem esclarecido todas as questões encaminhadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Pró-Pinheiros tenta manter a história O crescimento predatório da construção civil continua no bairro de Pinheiros gerando várias incomodidades a moradores e vizinhança, como também ao meio ambiente no seu sentido mais amplo. Nas últimas duas semanas, houve o corte de árvores na Rua Capote Valente. Os moradores redigiram uma carta aberta, um manifesto e um apelo à Construtora Cyrela em prol de um conjunto de 20 árvores na Rua Cristiano Viana, 140. “Entendemos que, nesses tempos balizados pela pauta da crise climática e o desmatamento da Amazônia, cortar árvores é se posicionar contra as chamadas diretrizes de “sustentabilidade". Dispomos de tecnologia e conhecimento para mudar essa situação”, anunciaram.

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