07/07/2022 às 22h41min - Atualizada em 07/07/2022 às 22h41min

​Comunidade vence e Carnaval de Rua só no ano que vem

A Prefeitura de São Paulo informou ontem (7/7) o cancelamento do ‘Esquenta Carnaval 2022’, por falta de patrocínio. A iniciativa veio para atender a um pedido dos foliões, para a realização de um Carnaval fora de época, após o cancelamento do ‘Carnaval de Rua’ devido à pandemia. O planejamento contou com diversas reuniões com representantes de blocos carnavalescos, com o intuito de chegar a um modelo viável. A medida do prefeito Ricardo Nunes atende principalmente as comunidades de Pinheiros e Vila Madalena, que são totalmente contrárias ao evento.
A Prefeitura realizou um novo pregão na última quinta-feira, 7 de julho, com edital no valor de R$6 milhões, readequando a proposta ao novo número de 216 blocos habilitados. Entretanto, em nenhuma das ocasiões, houve interesse de empresas privadas no financiamento do evento. A Secretaria Municipal de Cultura será a organizadora do Carnaval 2023 e irá formar uma comissão representativa com os blocos de rua para o próximo ano.

Moradores já demonstravam preocupação em declarações
“Carnaval absurdo com os casos de COVID em alta novamente.” R.V.G

“Vai voltar o inferno de barulho em Pinheiros e na Vila Madalena! Haja (do verbo haver) e aja (do verbo agir) Deus! Fora o aumento da COVID com as aglomerações e com o inverno! Socorro!” G.D.

“Na Vila Madalena e Pinheiros, nem os moradores e nem mesmo o comércio aprova ou gosta do Carnaval de Rua. É uma unanimidade. Ninguém quer e a Prefeitura ignora.” A.A.

“Palhaçada esse Carnaval fora de época. Pura bagunça.” P.M.

“Mas não ia ser o Carnaval só desfiles de Escolas de Samba? Que palhaçada é essa? Carnaval ou melhor baderna de rua? Será que vai ter aqui em Pinheiros na Av. Faria Lima?”. E.C.

“É dinheiro que ‘corre solto’ com interesses de grandes empresas e cervejarias. Dane-se a população. Ai chegam as eleições e os políticos se transformam.” E.C.

Em anos anteriores, região teve problemas
Atos de vandalismo, comércio ilegal de bebidas, bloqueio do trânsito, sujeira nas ruas e uso de drogas em vias públicas foram algumas das situações relatadas pelos moradores às autoridades. Nos dias posteriores ao feriado, a Praça Benedito Calixto foi um dos locais onde os efeitos negativos da festa puderam ser constatados: placas de rua derrubadas, árvores destruídas e fachadas de lojas pichadas.
A festa é descentralizada, porém a região concentra 85% do público. Um estudo sobre a distribuição dos foliões na capital identifica 85% do público fica concentrado em 10% dos eventos, especialmente nas regiões da Sé, Pinheiros, Lapa e Vila Mariana

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