30/06/2022 às 23h19min - Atualizada em 30/06/2022 às 23h19min

​Falta de água constante prejudica moradores do ‘Baixo Pinheiros’ que reclamam da Sabesp

São Paulo já conhece bem a história: chega o inverno e as chuvas cessam. A grave crise hídrica pela qual a cidade passou em 2014 criou um estado de alerta geral. De acordo com moradores, a região oeste e sul da capital, vem sofrendo com a falta constante de água nas torneiras. Os depoimentos apontam ainda problemas com a comunicação e resolução de problemas. A Sabesp informa que há redução de pressão à noite e consequente diminuição no fornecimento. No primeiro trimestre deste ano, a Sabesp teve o maior número de reclamações ligadas ao abastecimento, além de prejudicar o meio ambiente, junto com a Cetesb e Secretaria de Infraestrutura, cortando e eliminando bosques de centenas de árvores no Morumbi, que estão em processo no Tribunal de Justiça por licenciamentos irregulares.

Moradores dão depoimento
“Gente e este absurdo de faltar água todos os dias a noite, e depois ela vem imunda cheia de terra e ar, além do aumento no consumo de nossos relógios.  O que fazer? Moro próximo à praça Panamericana na Antônio de Gouveia Giudice. Qual a solução?” F.V.P.

“Aqui próximo também está assim, tenho fechado o relógio as 19:00”. L.A.

“Todos os dias às 20 horas acaba... Isso e um descaso, pagamos um absurdo pela água e não temos.” S.A.

“Mesmo durante o dia a água está fraca. Está difícil!! Pouca, imunda e cara.”V.L.

“Isso já tem anos, desde o racionamento estamos sem água depois das 20 h.” R.A.F.

“Falta constante de água na Rua Antônio de Gouveia Giudice, números 418, 419, 432, 438, 452 e outros. Aqui perto do Santa Cruz também tem acabado.” E.R.

“Ando revoltada com isso. Todos os dias as 20 hs. Essa semana ainda teve um dia que faltou durante o dia aqui é só voltou só a tarde. Aliás foi sexta, dia 24 de junho.” M.M.

Número de reclamações aumenta
De acordo com matéria do OESP Conteúdo, dados obtidos via ‘Lei de Acesso à Informação’ apontam que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) teve no primeiro trimestre deste ano o maior número de reclamações ligadas ao abastecimento de água, desde a crise hídrica atravessada pela Grande São Paulo, entre 2014 e 2016.

Sabesp informa que fez vistoria
A Sabesp informa que no último dia 27, equipes alertadas pela reportagem da Gazeta de Pinheiros realizaram uma vistoria na rua Antonio de Gouveia Giudice e no entorno. Informa que “não foram constatados problemas em relação ao abastecimento. Quanto aos imóveis informados, alguns estavam fechados e em outros, os clientes não atenderam a equipe. Vale ressaltar que o reservatório desta região está no programa de Gestão de demanda noturna - prática recomendada internacionalmente: quando há menos consumo, reduz-se a pressão nas redes a fim de evitar perdas por vazamentos e rompimentos; quando o uso é retomado, a pressão é reajustada”.

Redução da pressão
“De acordo com o site, a gestão da demanda da água na rede de distribuição mantém o abastecimento para os consumidores e preserva as tubulações. Por meio de válvulas redutoras e sistema de monitoramento, a Cia. controla a pressão nas redes durante as 24 horas do dia. No período noturno, quando há menor consumo, esse controle é intensificado, como forma de evitar perdas de água por vazamentos e rompimentos de tubulações – o que representa menos desperdício, menos manutenções e menos interferências em calçadas e vias”.

Informações da Cia.
“Conforme determinam a norma ABNT 5626 e o decreto estadual 12.342/78, é necessário que cada imóvel tenha um reservatório capaz de garantir o abastecimento por no mínimo 24 horas. No mesmo site, é informado que, em Pinheiros, a “gestão de demanda noturna” em Pinheiros é feita das 21h às 5h. A Sabesp, em sua página, aponta que no período de maior consumo durante o dia, as tubulações estão carregadas com maior pressão para que, mesmo com todos utilizando água ao mesmo tempo, os imóveis permaneçam abastecidos. Na gestão da demanda noturna, a rede de distribuição mantém o fornecimento, mas com menor pressão, evitando assim rompimentos, vazamentos e perdas de água”.

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