23/06/2022 às 23h39min - Atualizada em 23/06/2022 às 23h39min

​Trilha de 170 km interligará parques, represas e reservas particulares

São Paulo não é só concreto e os 111 parques da cidade, entre os urbanos e os naturais, são prova disso. Cerca de 24% da área total do município são de áreas verdes protegidas, o que corresponde a mais de 36 mil hectares, que resguardam os 30% de Mata Atlântica preservados na cidade. Para aproximar a população deste cinturão verde do município, incentivar o ecoturismo e integrar as comunidades locais, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), planeja a implantação da Trilha Interparques, já chamada de “maior trilha da cidade”.

170 km de percuros
Com extensão de aproximadamente 170 km, o percurso interligará Unidades de Conservação Municipais e outras Áreas Protegidas da Zona Sul da capital - incluindo parques naturais municipais, estaduais, represas, reservas particulares e áreas próximas a terras indígenas –, na região do Polo de Ecoturismo de Parelheiros, Marsilac e Ilha do Bororé, ainda pouco conhecida e visitada.
O projeto é liderado pela Divisão de Gestão de Unidades de Conservação (DGUC), da SVMA, por meio de um grupo de trabalho intersecretarial que envolve a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Turismo (SMDET), a Secretaria Municipal de Esportes (SME), a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMMT), a Secretaria Municipal de Subprefeituras (SMSUB), a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) e a SP Turis.

1º. Congresso
Detalhes desse planejamento integrado foram apresentados recentemente no 1º Congresso Brasileiro de Trilhas, realizado entre os dias 25 e 29 de maio, em Goiânia.
No Congresso foram compartilhados com os participantes os pilares fundamentais para o desenvolvimento e estruturação de trilhas de longo curso: governança, sinalização padronizada e manejo, capacitação e normas de segurança, empreendedorismo, serviços de apoio ao turismo e marketing.

Rota de orientação
A partir desses estudos já foi determinada uma rota de orientação, ainda não definitiva, feita a partir de indicações de moradores, turistas e ciclistas, levantamentos pelo Google Earth e pesquisa de campo. A trilha terá início na Balsa da Ilha do Bororé – Grajaú passando pelos Parques Naturais Municipais Bororé, Varginha, Itaim e Jaceguava, em seguida passa pelo Parque Estadual Várzeas do Embu-Guaçu, PNM Cratera de Colônia, Parque Estadual da Serra do Mar Curucutu e, por fim, a Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Curucutu, retornando para onde começou, a Balsa da Ilha Bororé Grajaú.
A implementação do trajeto, no entanto, é complexa, devido a necessidade de estudos ambientais, treinamentos de funcionários e capacitação de comerciantes, licitações, sinalização, entre outros aspectos, mas o interesse do público em busca de contato mais direto com natureza é notório e deve contar a favor para acelerar o processo.

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