15/06/2022 às 21h59min - Atualizada em 15/06/2022 às 21h59min

​Falta de adesão da população às medidas de prevenção dificulta o combate à dengue

Durante o período da pandemia de Covid-19, tornou-se a preocupação central seguir as medidas de segurança para evitar o avanço do coronavírus, mas, mesmo dentro de casa, outra ameaça já bastante conhecida pela população brasileira continuou por perto: a dengue.
Com o foco mais voltado à Covid-19, muitas pessoas podem ter, de fato, deixado de lado os cuidados para prevenir o aparecimento do ‘Aedes Aegypti’ , mosquito responsável pela transmissão da dengue, o que colaborou para um aumento de casos neste ano.
4146 casos
De acordo com a SAAP-Ass. Amigos do Alto de Pinheiros, a Vigilância Ambiental Lapa Pinheiros confirmou casos de dengue no nosso bairro, embora não especifique quantos são – afirma apenas que há notificações em cinco subáreas do distrito administrativo de Alto dos Pinheiros. A SAAP recebeu de moradores, até agora, informações sobre 13 casos.
Na cidade, o número de ocorrências vinha crescendo até março, em comparação com os anos anteriores. Em abril, os números aumentaram, como é típico do mês, mas haviam crescido mais em 2021. Até o início de maio, foram 4.146 casos.
A julgar pela tendência dos últimos anos, estamos no auge da transmissão. Embora seja frequentemente relacionada a chuvas e tempo quente, a dengue se espalha com mais intensidade no outono, em especial em abril e maio/junho. O combate requer ações tanto da Prefeitura quanto dos moradores.
Eduardo de Masi, assessor técnico do Gabinete da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) para assuntos de vigilância em saúde ambiental, explica que alguns descuidos ainda são muito recorrentes e dificultam o trabalho de combate à dengue.

Descuidos da população no combate à dengue
Entre os erros mais cometidos pelos munícipes, o principal é esquecer recipientes nos quintais, onde ficam expostos às chuvas e ao acúmulo de água, podendo se tornar criadouros para a reprodução do mosquito.
"Em pesquisas feitas na cidade de São Paulo, a Covisa identificou que há, em média, mais de dois recipientes passíveis de se tornarem criadouros por imóvel. Em quase 30% dos imóveis pesquisados, há ao menos um recipiente", afirma Eduardo.
Além disso, também não se deve colocar areia nos pratos de planta apenas uma única vez, pois isso não impedirá que o recipiente se torne um criadouro. Com o tempo, a areia compacta é derrubada e formam-se empoçamentos no prato, que permitem a proliferação do mosquito. O recomendado é, na verdade, eliminar todos os pratos de plantas dos vasos colocados em áreas externas das residências e fazer uma busca criteriosa de possíveis criadouros ao menos uma vez na semana, para eliminá-los.
Manter depósitos de armazenamento de água destampados ou mal tampados e esquecer-se de inspecionar os chamados criadouros fixos - aqueles em que a água se acumula nas deficiências estruturais ou nas estruturas arquitetônicas dos imóveis, tais como depressões em lajes, calhas sem caída adequada ou entupida, cacos de vidro nos muros, esculturas, depressões ou desníveis em telhados - também são descuidos que devem ser evitados.

Ações de prevenção e controle
Na cidade de São Paulo há 28 Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), com equipes de vigilância epidemiológica e controle de vetores, que atuam em todo o território municipal para identificar casos de arboviroses. A atuação das equipes é dividida em dois momentos: prevenção, durante o período de julho a dezembro, e controle, que ocorre de janeiro a junho, o chamado período epidêmico, quando as condições climáticas favorecem a proliferação do Aedes aegypti.

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