12/05/2022 às 23h22min - Atualizada em 12/05/2022 às 23h22min

​Apesar da pandemia comércio de bairro cresce com a comunidade

As vendas no comércio local cresceram, apesar da pandemia. Um dos motivos foi o investimento em tecnologia. Outro motivo foi a fidelização e a preferência em relação a grandes redes logísticas.  Um levantamento feito pelo Sebrae aponta que, nos últimos anos, os tradicionais mercadinhos de bairro ganharam mais importância na vida dos brasileiros e um maior espaço na economia. Os números mostram que o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns – registrou uma alta na abertura de novos negócios no período de 2018 a 2021, com destaque para o período da pandemia, quando o volume de novos empreendimentos cresceu 12% entre 2020 e o ano passado.
Ao avaliar essas novas empresas abertas, segundo o porte, o destaque ficou para os Microempreendedores Individuais (MEI), que saltaram de pouco mais 38 mil novos empreendimentos formalizados em 2018 para 56.371, em 2021. O número é positivo se comparado aos empreendimentos que fecharam as portas. Em 2018, aproximadamente 40 mil MEI encerraram suas atividades, contra 17.676, em 2021.
Para o analista da Unidade de Competitividade do Sebrae, Vicente Scalia, o resultado já era esperado. Além de ser um nicho que abriga diversos tipos de atividades em um só formato – padaria, açougue e hortifrúti, por exemplo –, o segmento foi um dos poucos que não parou suas atividades durante a pandemia, por ser considerado essencial. Outro fator que beneficiou os mercadinhos, na visão do analista, foi a escalada da inflação e a redução do poder de compra do consumidor. “Essa foi uma atividade que cresceu muito e ressalto, principalmente, o papel das compras menores, aquelas semanais. O poder de compra do brasileiro vem diminuindo e não há mais espaço para a compra mensal. Com a alta dos preços dos alimentos e do combustível, o cliente se desloca, no máximo, para um mercadinho do próprio bairro, onde adquire o necessário”, explica Scalia. Ele informa que hoje são mais de 400 mil mercadinhos registrados em todo o país.

Associação comercial auxilia empreendedorismo local
A ACSP oferece plataforma para venda online, fez campanha “compre no bairro”, montou rede whatsapp nas distritais e dá orientação sobre as medidas sanitárias que o comércio deve seguir. Usar a proximidade com o consumidor como uma vantagem para entrega rápida dos produtos
Para evitar deslocamentos e maior contato público, o comércio local ganhou força. O economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, na época, deu algumas dicas de como o comércio pode enfrentar este período.
Gazeta de Pinheiros - O que o comércio de bairro precisa fazer para se adaptar às novas exigências do período?
Marcel Solimeo - O comércio de bairro precisa se preparar para atendimento online e presencial, procurando contato direto com os consumidores da região e com ofertas atrativas.
GP - Que ações a ACSP faz para acolher e auxiliar seus associados?
MS - A ACSP oferece plataforma para venda online, fez campanha “compre no bairro”, montou rede whatsapp nas distritais e dá orientação sobre as medidas sanitárias que o comércio deve seguir.

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