31/03/2022 às 21h38min - Atualizada em 31/03/2022 às 21h38min

​Em dezembro o moderno primeiro trem da Linha 17-Ouro-Monotrilho

A videoconferência exibida recentemente no Palácio dos Bandeirantes mostrou imagens diretamente da China, onde o maquinário de transporte sobre trilhos é fabricado. A composição é chamada de cabeça de série e serve de referência técnica para a fabricação de outras 13 que vão atender a futura linha Linha 17-Ouro do Metrô. O monotrilho vai ligar agora o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos, passando por vários bairros. O projeto original (ainda na prancheta), chega à Estação Morumbi da Linha 4-Amarela, passando pelo Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Cemitério do Morumbi e Paraisópolis.

Chega no fim do ano
O trem exibido na videoconferência está na fábrica da empresa BYD, na cidade chinesa de Shenzhen, e deve chegar a São Paulo até o fim do ano. Cada composição será formada por uma cabeça de série e cinco vagões. Elas operam com tração elétrica, sustentadas por pneus que andam sobre vigas de concreto de 80 centímetros de largura. O funcionamento pode ser totalmente automático, sem necessidade de operador, com a utilização do sistema UTO (Unattended Train Operator).
Cada trem terá 72 assentos e capacidade de transportar cerca de 600 pessoas em condições confortáveis. Contará também com passagem livre entre os cinco carros, sistema de ar-condicionado e câmeras de monitoramento com gravação de imagens.

Estação Morumbi
A construção da Linha 17-Ouro foi retomada pela atual gestão estadual, após a rescisão de contratos parados e novas contratações. As obras em andamento são finalização da via do monotrilho, construção do Pátio de Manutenção Água Espraiada e acabamento de sete das oito estações. A Estação Morumbi, última deste trecho em construção, já foi concluída.
A Linha 17-Ouro terá 8,3 km de extensão total – incluindo trechos de manobras e pátio –, com oito estações que vão do Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da CPTM e conexão às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda.

Linha 17 será concedida à ViaMobilidade
Em 2018, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) realizou o leilão de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô. O objetivo de ceder a operação comercial das duas linhas ao setor privado, pelo período de 20 anos, foi atingido e o vencedor do certame foi o Consórcio Viamobilidade (formado pelas empresas Ruasinvest e Grupo CCR).

Plano de Expansão
O primeiro trecho do monotrilho, que terá uma extensão de 7,7 km operacionais, interligará a Linha 9-Esmeralda da CPTM na Estação Morumbi, com a Linha 5-Lilás do Metrô (operada pela ViaMobilidade) na Estação Campo Belo e o Aeroporto de Congonhas, na Estação Congonhas.
Outros dois trechos, que devem passar pela comunidade Paraisópolis para se conectar à Linha 4, Amarela, do Metrô, seguem sem programação definida. De acordo com Joubert Flores, Diretor de Engenharia da BYD Brasil, essa parceria trará mais segurança aos usuários, que poderão contar com um serviço de mais qualidade e disponibilidade, com a garantia de que as obras seguirão todas as regulamentações e certificações previstas.

Atrasos
Em 2016, o cronograma de entrega do monotrilho foi alterado após o abandono das obras pelas empreiteiras responsáveis por construir três estações e o pátio de trens, obrigando a contratação de novas empresas para continuar os trabalhos.
Em abril de 2019, o Metrô iniciou um processo de rescisão do contrato com o Consórcio Monotrilho Integração (formado pelas empresas CR Almeida, Andrade Gutierrez e Scomi) em função dos constantes atrasos e redução do ritmo das obras civis da via, implantação do sistema de sinalização e fornecimento de trens. A Companhia adotará todas as medidas legais para retomar os trabalhos e garantir que a linha seja concluída o mais breve possível e disponibilizada ao público.
Em dezembro de 2019, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, negou pedido do Metrô para derrubar liminar concedida pela 6ª Vara da Fazenda Pública. A decisão de Primeiro Grau suspendeu licitação para execução de obras civis remanescentes, acabamento, paisagismo, comunicação visual e instalações hidráulicas na Linha 17 – Ouro, sob o argumento de que 207 certidões de “acervo técnico” trazidas pela empresa Constran, no valor de mais de R$ 244 milhões, não seriam hábeis para comprovar patrimônio líquido suficiente para garantir o contrato, colocando em risco sua execução.

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