03/03/2022 às 22h28min - Atualizada em 03/03/2022 às 22h28min

Enchentes intensas vão continuar em Pinheiros

A cidade é conhecida como "terra da garoa" por ser comum o registro de chuvisco, associado à maritimidade, no entanto a urbanização densa, a verticalização desenfreada e a eliminação de áreas verdes e árvores, fez com que a entrada dessa umidade marítima fosse dificultada e a ocorrência do fenômeno tem sido cada vez mais escassa. No verão, porém, São Paulo torna-se a cidade das chuvas.
Enquanto no inverno, a média histórica de precipitação em São Paulo gira em torno de 50 mm, no verão o cenário é bem diferente. Em média, nos meses de janeiro, chove cerca de 225 mm, mais de 4 vezes. Com o chão coberto de concreto e asfalto, a infraestrutura da cidade sofre com constantes inundações. Todos os anos, a Prefeitura implanta um Plano Preventivo de Chuvas de Verão. Entretanto, problemas ocorrem em locais de forma permanente, como, por exemplo, as proximidades do ‘Beco do Batman’ e inúmeras ruas em Vila Madalena e Pinheiros, que teve mais de 93 mm de precipitação em poucas horas, São Paulo FC, no Morumbi, do E.C. Palmeiras, em Pompéia e inúmeras vias na região.

Inundação toma região
Imagens recebidas pela Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais mostram a Avenida Rebouças, e vias como Cristiano Viana, Artur de Azevedo, Mateus Grou, Fradique Coutinho, a Praça Omaguás, o ‘Beco do Batman’ e, até mesmo, as instalações do E.Clube Palmeiras alagadas em virtude das chuvas.

“40 minutos de chuva ontem dia 1º de março e o estrago está feito! Está é a realidade da fragilidade de Pinheiros e Vila Madalena. É inaceitável a liberação de centenas de construções em um bairro, que não comporta a capacidade de escoamento para o número de residências existentes X rede insuficiente X manutenção. É um ‘tapa’ na cara do contribuinte”. M.P.

“Dia 1º/03 por volta de 19hs, uma forte chuva causou um verdadeiro caos no Jardim Paulistano, na Rua Capitão Antônio Rosa, na Praça Gastão Vidigal, na Praça Antônio Duarte do Amaral. Carros boiando com crianças dentro, invasão das águas nas casas com grande prejuízo material. Nenhuma pessoa da Prefeitura ou Defesa Civil para dar apoio aos atingidos.” M.N.

“O estrago que a chuva fez na zona oeste, mais especificamente aqui na ‘Vilas do Sol’ com a rua dos Pinheiros, na estação Fradique Coutinho! Uma especulação imobiliária sem planejamento, sem renovação das redes públicas de água, redes pluviais, sanitárias, alargamento de ruas, calçadas...Como será quando esses mais de 80 edifícios forem habitados? Com tantos carros e garagens subterrâneas afetando lençóis freáticos.  Isso tudo só ontem a noite (1/3) com uma hora de chuva.”

“Av. Rebouças e Beco do Batman embaixo da água”. L.D.

Pinheiros foi onde mais choveu com 96,6 mm
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informa que a Defesa Civil atendeu das 19h do dia 1º de março às 07h00 da manhã de quarta-feira (2/3), 22 chamadas em decorrência das chuvas na capital paulista. Foram 16 quedas de árvores e 6 desabamentos. “As chuvas ocorridas dia 1º causaram estado de atenção em toda cidade e as mais fortes começaram a atuar às 14h43, quando o CGE deu início ao ‘Estado de Atenção’ para alagamentos, e terminaram às 20h55. A cidade registou 29,7mm, porém em outros locais os valores foram ainda maiores: Pinheiros- 93,6mm; Vila Prudente- 79,5mm; Vila Mariana- 71,8mm; Sé-CGE- 70,8mm; Penha- 62,5mm e Lapa- 55,8mm”, concluíram.
A CET registrou 36 pontos de alagamentos, sendo 28 intransitáveis. A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), por meio da Subprefeitura Sé, informa que, devido a grande quantidade chuva na noite do dia 1º, o volume de água foi mais intenso e maior do que o esperado, superando a capacidade de escoamento das galerias pluviais.
“Todas as equipes de limpeza, remoção e zeladoria foram mobilizadas para realizar os serviços necessários, a fim de diminuir os transtornos causados. Quando há necessidade, são usados caminhões hidrojatos para diminuir pontos de alagamento. Em novembro de 2021 foram iniciadas as operações do Plano Preventivo Chuvas de Verão que segue até o mês de março, com ações de monitoramento e combate às enchentes e alagamentos na Capital”.

Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ)
“A gestão municipal investiu fortemente em tecnologia nos últimos anos, gerando mais transparência, agilidade e eficiência ao gasto público, com a implantação do Sistema de Gerenciamento da Zeladoria (SGZ). Essa plataforma de monitoramento integra, no mesmo ambiente, os serviços de zeladoria de todas as Subprefeituras, como por exemplo, tapa-buraco, poda e remoção de árvores e limpeza de córrego”, informa a prefeitura.

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