17/02/2022 às 21h48min - Atualizada em 17/02/2022 às 21h48min

​A preocupação agora é com festas e blocos clandestinos durante o Carnaval

O Carnaval de Rua está cancelado na cidade de São Paulo. Entretanto, membros da comunidade local estariam preocupados com a possível passagem de blocos ‘clandestinos’ pelas vias da região, além das festas privadas, que devem ter público limitado de 70% da capacidade do local, para conter os constantes avanços da Covid.  As decisões foram baseadas em dados técnicos da Secretaria Municipal da Saúde, que apontaram um aumento considerável do número de novos casos de pacientes, com alguma síndrome gripal na cidade. Blocos ou desfiles irregulares devem ser denunciados.

Sem folias
Para o prefeito, a decisão de não permitir as folias de rua foi tomada prevalecendo a orientação das autoridades de saúde. “Demonstramos total transparência no anúncio do cancelamento com a apresentação dos dados preocupantes do cenário epidemiológico na cidade. Existia uma proposta de se fazer um carnaval controlado com o ‘Passaporte da Vacina’ em ambientes grandes e abertos como o autódromo, mas foi descartada essa possibilidade”.

Eventos em locais privados devem ter passaporte
Após cancelamento do ‘Carnaval de Rua’, as festas privadas no período devem ter público limitado. Para conter os constantes avanços da Covid, talvez seja necessária a contenção do número de pessoas em locais privados.  O Secretário de Saúde, Edson Aparecido, afirma que está avaliando junto com outras autoridades a medida. Os protocolos estabelecidos pela Vigilância Sanitária do Município valem para todas as festas em clubes ou casas de lazer, inclusive as programadas para os quatro dias tradicionais do carnaval.
“Estamos acompanhando pelas redes sociais anúncios de festas que não têm as observações necessárias de protocolos, como a apresentação do Passaporte da Vacinação para qualquer quantidade de público”, alertou o prefeito Ricardo Nunes. “A realização destes eventos está nas mãos dos organizadores, portanto, espero que tenham consciência e sigam os protocolos que estiverem em vigor”, concluiu o prefeito.

Entidade tenta barrar festa na região
A Sociedade Amigos da Cidade Jardim, SACJ protocolou no Ministério Público a representação n. O43.0279.0000087/2022 solicitando o impedimento da realização do Carnaval na Cidade, previsto para os dias 26 de fevereiro a 1 de março nas dependências do Jockey Club. No evento está previsto a presença de 7 mil pessoas por dia.
Para a SACJ, o aumento de casos de Covid 19 provocado pela variante Ômicron, não é o momento adequado para eventos com aglomeração de pessoas. Apesar da representação apresentada ao MP, em caso de negativa à sua solicitação, a SACJ fará todo o trabalho possível junto aos organizadores para mitigar os impactos que eventos dessa natureza causam ao bairro.

Desfiles em abril
O objetivo é reduzir a transmissão do vírus durante o Carnaval, período em que são realizadas diversas festas particulares – o carnaval de rua foi cancelado e os desfiles no Sambódromo foram adiados para abril, numa decisão conjunta das prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro por recomendação das autoridades de saúde dos dois municípios. “O protocolo inicial era aplicado para eventos com mais de 500 pessoas para exigir o passaporte. Fizemos a alteração em função do quadro epidemiológico que a cidade vive hoje”, explicou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Blocos devem ser denunciados
Conforme divulgado em janeiro, o Carnaval de Rua oficial da cidade não será realizado neste ano como uma forma de não estimular festas com grande concentração de pessoas que não tenham a possibilidade de controle rígido das regras sanitárias, o que poderia expor esse público a maior risco de contaminação pela Covid-19.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras informa que a realização de desfiles ilegais de blocos de rua é considerada infração ao artigo nº 138 da Lei Nº 16.402/16, já que a realização de eventos públicos temporários sem prévia autorização, quando exigida, acarretará multa. O valor é atualizado é de R$26,55/m². As denúncias devem ser encaminhadas para as subprefeituras competentes.

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