05/11/2021 às 00h34min - Atualizada em 05/11/2021 às 00h34min

​Verticalização e invasão indiscriminada de prédios apaga história dos bairros

Preocupados com a verticalização, moradores de Pinheiros e Vila Madalena buscam diminuir os índices permitidos de construção no bairro. Pela proximidade do centro e fácil acesso, além de amplo comércio, a zona oeste é muito procurada, o que gera especulação imobiliária e a substituição de casas por edifícios.

Moradores locais comentam o processo de verticalização
“Até as casinhas coloridas da Artur de Azevedo vão dar lugar a mais um prédio?!” Pró-Pinheiros
“Que pena, uma cidade sem memória, sem história para contar aos filhos, netos e amigos. Por conta de ganância e muita burrice...” S.S.A.
“Fora todo impacto ambiental. Aumento de trânsito, de produção de lixo, esgoto. O bairro não tem capacidade para o que já existe!  O predinho da esquina em frente à ‘Frida e Mina’ é uma fofura, não sei se também está incluso neste pacote de demolição“.  M.P.
“Toda a paz e tranquilidade que a rua sem saída te proporciona. A destruição da rua Virgílio de Carvalho Pinto. Se você também ama o bairro, se junte a nós pela preservação.” Pró-Pinheiros

História dos bairros vão sendo demolidas
Matéria da BBC aponta a Subprefeitura de Pinheiros como a que mais apresenta alvarás de demolição. Casas e prédios baixos dão lugar a edificações altas, com metro quadrado a ser explorado pelo mercado em virtude infraestrutura oferecida na região.
O texto aponta que apenas em 2020 cerca de 30% (382) dos alvarás de demolição se concentraram na região. Neste ano, já são 120. Quadriláteros inteiros já contam com tapumes, como os próximos à Estação Fradique Coutinho, ou já tiveram seu processo de demolição iniciado, bem como outras dezenas ao longo das avenidas Vital Brasil, Eusébio Matoso e rua Camargo, no Butantã.
Dentre os espaços que estão na mira das incorporadoras está a tradicional ‘Hamburgueria Oregon’. Outros espaços cujos futuros também podem estar ameaçados são o ‘Le Jazz’ e a ‘Cantina Gigio’, de acordo com matéria da Folha.

Pró-Pinheiros tenta frear este cenário
A entidade Pró Pinheiros reúne as associações AMJA-Ass. de Moradores e Comerciantes da rua Joaquim Antunes; AMAPP-Ass. dos Moradores e Amigos dos Predinhos de Pinheiros; AMATEUS-Ass. de Comerciantes e Moradores da Rua Mateus Grou; AAPBC-Ass. dos Amigos da Praça Benedito Calixto; AMOLVI-Ass. de Moradores e Lojistas da Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, além dos coletivos Fórum Verde Permanente e Movimento Defenda São Paulo, promove um abaixo-assinado que já passa de 3 mil assinaturas em protesto à descaracterização do bairro.

Prefeitura afirma que PD evita o crescimento desordenado
Tanto o Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014), quanto a Lei de Zoneamento (Lei nº 16.402/2016), redefiniram os coeficientes de aproveitamento, gabaritos (altura das edificações) e demais parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo por toda a cidade de São Paulo, com o objetivo de ordenar o crescimento imobiliário do município nas zonas de estruturação urbana (ZEU) e preservar as características de zonas estritamente residenciais (ZER) e zonas mistas (ZM).


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