23/09/2021 às 21h42min - Atualizada em 23/09/2021 às 21h44min

Passeata mostra a força da comunidade contra a verticalização

Caminhada reúne moradores e representantes locais, em tentativa de frear a verticalização que Pinheiros vem sofrendo nos últimos anos. O percurso privilegiou espaços ameaçados de derrubadas por incorporadoras que pretendem construir no bairro. Caminhada mostrou o protesto dos moradores A caminhada Pró-Pinheiros aconteceu no dia 18, como protesto das áreas ameaçadas, onde os moradores estão sofrendo grande assédio das incorporadoras. A ideia é mostrar à Prefeitura e Secretaria de Licenciamento que não estão satisfeitos com a transformação urbana, sem planejamento do bairro de Pinheiros. Proprietários estão sofrendo a pressão de ter que vender seus imóveis e mudar de suas residências. “Uma tática lamentável a causar angústia e prejuízo a famílias inteiras, para que se mudem a outros lugares distantes, onde não tem identificação e laços comunitários. Ao mesmo tempo destroem a memória e a alma de Pinheiros, sem nenhum respeito pelos moradores que tem sua vida centrada nas referências do bairro e naquilo que construíram ao longo dos anos”. “Chamamos a atenção das autoridades para os impactos negativos que este abuso construtivo ao bairro trouxe e está trazendo sobrecarga excessiva na infraestrutura urbana, como redes de água e esgoto, energia elétrica e internet, além de um volume maior de tráfego nas ruas e avenidas, mais poluição e colocam em risco as áreas verdes e os espaços públicos.” Paredes de concreto aumentando o calor no verão, criando obstáculos para a ventilação e deixando uma cidade fria no inverno.” A caminhada se iniciou às 15 horas na Rua Pascoal del Gaizo nas Vilas do Sol, passou pelas várias demolições e os novos empreendimento que estão tirando a visão do céu, do sol e da lua pelos enormes edifícios sem gabarito de altura. Terminou na praça da Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto. Moradores fazem relato sobre situação do bairro “Este ano recebi uma ligação da ‘Bracon’ interessada na aquisição da casa. Acontece que o terreno não tem profundidade para um empreendimento, pois a rua é bem estreita (tem calha viária de 4m) e o miolo de quadra já foi ocupado por um prédio (terreno da antiga fábrica da Iodice). A rua é inclusive fechada para carros, pois é muito estreita. Questionei isso para a ‘Bracon’ e me disseram que o projeto em estudo considerava incorporar inclusive a rua. Esse trecho do Baixo Pinheiros está constantemente em especulação e assédio. Já temos o ‘Duo’, ‘Altto’, ‘Moai’ e o ‘067’. Agora vai subir outra torre na esquina das ruas Vupabussu com Costa Carvalho. Tem também a ‘novela’ do terreno da Sabesp que já é sondado faz muito tempo.” N.F. “Escuto o bate estaca o dia todo e estou mais longe. Minha esperança é que acabe com o prédio subindo. São as fundações.” M.C.C.B. “Se for pelo barulho - não acredito que faça diferença reclamar - essa que está na esquina inicial da Faria Lima e pega um pedaço da Fernão Dias. Inclusive, sábado, o que parece ser liberado, incomodando o descanso das pessoas.” M.B.A.W. “Temos casas por aqui que não recebem mais o sol no inverno. No verão, somente nos horários do sol a pino.” N.F. “Uma pena o porte dos edifícios que aí subiram, as pequenas ruas sentiram muito o impacto.” E.O.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.