29/07/2021 às 22h42min - Atualizada em 29/07/2021 às 22h42min

Por que os vândalos tentaram incendiaram a estátua de Borba Gato?

A Polícia Civil prendeu, Paulo Lima e Jéssica Barbosa e ainda procura mais de vinte pessoas, que participaram dos atos de vandalismo da estátua do Borba Gato, no último dia 24, em Santo Amaro. Durante investigação, equipes do 11º Distrito Policial (Santo Amaro) identificaram o motorista do caminhão que conduziu parte do grupo até local e transportou os pneus. A placa do veículo foi adulterada. As investigações prosseguem para identificar e localizar os demais autores. Mas qual a razão dos autores em tentar destruir a estátua? Não conseguiram e foram indiciados. Um ato de vandalismo? Uma obra de arte polêmica? Uma possível destruição dirigida por algum grupo? Obra de Júlio Guerra Localizada à altura 5700 da Avenida Santo Amaro, em confluência com a Avenida Adolfo Pinheiro, a estátua integra o Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo, mantido pelo Departamento do Patrimônio Histórico. Perto deste monumento fica a Estação Borba Gato da Linha 5-Lilás, inaugurada em 2017. Foi obra do escultor Júlio Guerra, que para realizá-la utilizou trilhos de bonde para compor a estrutura de concreto, posteriormente revestida com pedras coloridas de basalto e mármore. A estátua possui dez metros de altura e pesa vinte toneladas, sendo a fase mais difícil a colocação da cabeça, que, pesando três toneladas, foi alçada por mais de dez metros de altura. História Segundo o dicionário de ruas da Prefeitura, “Manoel de Borba Gato, Bandeirante paulista, extraordinário desbravador de sertões, descobridor de minas e hábil administrador nos primeiros anos das ‘Minas Gerais’” [...] foi “nomeado guarda-mor do distrito do Rio das Velhas e superintendente das minas do mesmo rio. Teve ainda carta régia de elogios pelos serviços prestados e ocupou várias vezes a superintendência geral das minas. Era rígido no cumprimento de seus deveres e os contrabandistas que vinham da Bahia tinham apenas um receio: encontra-lo pelo caminho. Borba Gato faleceu em 1718, quando exercia o cargo de juiz ordinário da Vila do Sabará, tendo cerca de 90 anos de idade”. No texto, não há qualquer menção no papel dos bandeirantes sobre a caça de indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Questionada no ano passado, quando houve ameaças de vandalismo, a Secretaria Municipal de Cultura afirmou que “entende que ações relacionadas à derrubada ou substituição de monumentos e estátuas da cidade devem ser amplamente debatidas com a sociedade por meio de fóruns e consultas públicas. A SMC é sensível à causa, tanto que tem como política a reformulação de nomes dos equipamentos que simbolizem ou homenageiem personagens e fatos que representem a opressão histórica da população brasileira”.


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