16/07/2021 às 00h38min - Atualizada em 16/07/2021 às 00h38min

Trânsito caótico no Morumbi/Butantã e CET nada faz

Os problemas de mobilidade de quem escolhe o carro como meio de transporte estão cada vez piores no Morumbi e região do Butantã. Com a verticalização aumentaram a quantidade de carros e motoristas, mas não as vias. Um desses corredores viários é a Avenida Giovanni Gronchi, com sentido do tráfego em mão dupla na maior parte do traçado e ruas perpendiculares para acesso às áreas residenciais. No entanto, segundo motoristas e moradores, o fluxo de veículos nos cruzamentos é controlado de maneira desarticulada pelo sistema de semáforos. Semáforos próximos e sem sincronização Os motoristas apontam para o acúmulo de paradas contínuas que precisam fazer, principalmente durante os horários de pico (das 6 às 10 hs e das 16 as 20 horas), pois as poucas vias de entrada e saída do bairro apresentam características que dificultam o deslocamento dos veículos. CET informa mas não resolve A CET informa que a Avenida Giovanni Gronchi é uma importante via arterial da região sul da cidade, desde a Avenida Morumbi até a Estrada de Itapecerica, sendo um dos principais eixos de circulação dos distritos do Morumbi, Vila Sônia e Vila Andrade, e região do Campo Limpo, com cerca de 7 km de extensão. “A avenida possui diversas características em sua extensão, com trechos predominantemente comerciais, intercalados com trechos residenciais. A sinalização também é caracterizada por trechos com semáforos mais próximos e outros com maiores espaçamentos entre os equipamentos. Essas características são levadas em consideração na regulagem dos semáforos, além da ordenação do fluxo principal entre Centro/Bairro e Bairro/Centro e o carregamento dos fluxos das vias transversais”. “A diferença de tempo entre as aberturas ou fechamentos de semáforos subsequentes podem variar em razão de diversos motivos, tais como a diferença entre os fluxos de cada sentido, os volumes de conversão das transversais para a via e os diferentes tamanhos de quadras ao longo da via principal. A programação semafórica leva em conta todas essas variações.” Transito caótico Mas não é o que está acontecendo na Giovanni. Para se ter uma ideia, o veículos que circulam após as 17 no sentido estádio/bairro, enfrentam 6 semáforos totalmente desregulados e muitos próximos, até a entrada do Portal do Morumbi, em uma extensão de menos de dois quilômetros, e que demoram em média mais de 50 minutos. Depois até o Shopping Jardim Sul é outra ´ladainha’ com inúmeros semáforos, via reservada aos corredores de ônibus e mais de uma hora e meia no mínimo, para atravessar a avenida até a Estrada de Itapecerica. “No caso da Avenida Giovanni Gronchi, a programação é feita levando-se em consideração as oscilações ao longo do dia (pico da manhã, pico da tarde, horários intermediários, período noturno e fim de semana), em seus diversos trechos, como por exemplo, a região do estádio, os trechos comerciais e os trechos de tráfego de passagem intenso, como na proximidade das Avenidas João Dias e Carlos Caldeira Filho”. CET Edital Uma vez que a rede atual de semáforos da cidade é da década de 80, a Prefeitura lançou um chamamento público para aprimorar, ampliar e modernizar todo o sistema. Foi publicado em 2018, no Diário Oficial, um edital de chamamento público de parceria com a iniciativa privada para a modernização da rede semafórica da cidade. Os investimentos são estimados em mais de R$ 1 bilhão, mas uma estimativa mais precisa só será possível após o recebimento dos subsídios entregues pelos participantes. O objetivo é receber do mercado ideias sobre investimentos para a implantação de um sistema de inteligência dos semáforos, aprimorando o serviço prestado atualmente com a ampliação da rede. A meta é reduzir as falhas dos equipamentos, melhorar o tráfego urbano, promover vantagem econômica e operacional para a administração pública e permitir aperfeiçoamentos graduais, agregando novas funcionalidades, além de gerar e explorar novas receitas. A proposta de modernização prevê a ampliação da rede, com duas plataformas: uma em tempo real e outra em tempo fixo. A primeira permite que o semáforo controle o tempo de abertura e fechamento e envie os dados para uma central, sem a necessidade de operação por um agente. Essa tecnologia também permite o controle de fluxo dos carros. Em 2019, a Prefeitura lançou a licitação para modernizar e revitalizar os semáforos da capital. O edital foi publicado no Diário Oficial do Município. A modernização previa a atualização tecnológica dos equipamentos da área do Mini Anel Viário para as ferramentas de ponta existentes. Também inclui enterramento de cabos elétricos, conexão dos cruzamentos com as centrais semafóricas, também conhecidas como Centrais de Tráfego em Área (CTAs), ampliação do número de cruzamentos com no breaks e substituição de controladores antigos. Os serviços de revitalização e manutenção incluem todo o parque semafórico da cidade. O valor da licitação está estimado em R$ 900 milhões, aproximadamente. Em nota, a CET afirma que o edital para modernização do Parque Semafórico está passando por atualizações para posterior publicação.


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