08/07/2021 às 21h20min - Atualizada em 08/07/2021 às 21h20min

Abertura da Praça (Parque) Pôr do Sol ainda está em estudos. Comunidade cobra agilidade

Fechada desde abril de 2020, a Praça Pôr do Sol permanece cercada mesmo com a reabertura dos parques públicos. Conhecido como um dos cartões postais da região, foi isolado para evitar aglomerações em relação à expansão da covid-19. Porém, ainda não há definições de como funcionará a abertura, apesar da pressão da comunidade. Subprefeito informa intenção de consulta pública. A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Pinheiros, esclarece que no processo licitatório para a colocação dos alambrados, transformando a praça em um parque fechado e controlado, foi escolhida a empresa e material de opção mais viável economicamente ao interesse público. A obra já foi concluída e os tapumes retirados. A Subprefeitura afirma que estuda consulta à população para definição de sua reabertura. Não há custos adicionais aos cofres da prefeitura, pois o serviço de manutenção é realizado por equipes que já fazem limpeza e zeladoria na região administrativa. O Subprefeito de Pinheiros foi questionado pela SAAP- Ass. dos Amigos do Alto dos Pinheiros- sobre “a decisão de cercar a praça com alambrado e fechá-la entre às 22h e às 6h”. Richard Haddad Junior respondeu que “a Prefeitura não fechou a praça. Ela foi isolada no início da pandemia, quando havia pouca informação sobre o vírus, por conta da imensa aglomeração que continuava promovendo, mesmo em cenário pandêmico. Por haver um belíssimo pôr do sol, é um ponto turístico muito procurado e, apesar das faixas de conscientização espalhadas pela Subprefeitura, a medida não estava sendo suficiente. A decisão de abertura e fechamento não cabe somente à Subprefeitura, e pretendemos fazer uma consulta à população sobre sua reabertura, que segue em fase de estudos”. SAAP entende que cercamento auxilia na gestão do espaço Em recente posicionamento, a associação afirma que cercamento pode ser positivo. “Por entender que isso ajuda na gestão desse espaço que há muito tempo deixou de ser uma praça de bairro e virou um ponto turístico em uma zona estritamente residencial. É uma demanda da SAAP e de moradores do entorno — inicialmente reunidos na Associação dos Vizinhos da Praça do Pôr do Sol (Avisol, já extinta).  Defendemos a implantação de portões de acesso em todas as entradas existentes no projeto urbanístico original da praça — eles ficariam abertos durante o dia, fechariam durante a noite ou a madrugada. Mas consideramos fundamental que isso seja feito em meio a um plano de médio e longo prazo que preveja: gestão dedicada, melhoria da infraestrutura — com banheiro público, bebedouros e acessibilidade —, limpeza regular (especialmente aos finais de semana), mais vigias para orientarem a população e impedirem o comercio ilegal de bebida alcoólica. Infelizmente, a praça nunca recebeu do poder público uma gestão adequada que fizesse frente ao grande número de pessoas que ela recebe, particularmente aos finais de semana. Nos últimos dez anos, tanto a infraestrutura quanto a segurança e a limpeza foram insuficientes, como a SAAP apontou reiteradamente em reuniões do Cades, do Conseg, com os sete subprefeitos que passaram pela Subprefeitura de Pinheiros (entre 2014 e 2021) e com tantos outros secretários do Verde e Meio Ambiente.” Cercamento dividiu a população O cercamento da Praça Pôr do Sol dividiu opiniões na região. A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Pinheiros, informou que atendeu às solicitações de moradores da região quanto à colocação de alambrados na praça. Porém, moradores locais mostraram-se divididos. De acordo com nota, desde 2014, a SAAP e a Associação dos Vizinhos da Praça do Pôr do Sol (Avisol, já extinta) dialogaram com o poder público para enfrentar esses problemas. Foram instaladas câmeras de vigilância, uma base para vigias (feita com recursos doados pelos moradores) e uma estrutura de iluminação melhor. A praça passou por revitalização em 2019, com os novos parquinhos e o ‘cachorródromo’. Outros moradores, entretanto, chegaram a organizar manifestações em oposição à medida. Até mesmo o Conselho Participativo Municipal – Pinheiros enviou um ofício à Subprefeitura de Pinheiros solicitando esclarecimentos sobre o caso. O documento, que cita reportagem da Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, afirma que o órgão vinha recebendo questionamentos de munícipes. O texto solicita que a Subprefeitura esclareça se houve consulta à população local que não está ligada a nenhuma das associações citadas como justificativa do Executivo, “bem como os usuários e cidadãos que não habitam esta região, mas que utilizam este espaço público para lazer. O texto acaba solicitando esclarecimentos e detalhes sobre o processo. Na época, a Prefeitura afirmou que não há necessidade de consulta pública A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Pinheiros, esclarece que apesar de atender a solicitações de moradores da região, não há legislação que obrigue a administração a fazer consulta pública, uma vez que a Praça do Pôr do Sol tem características de parque, e não há obstáculo legal para que providências sejam tomadas no intuito de garantir proteção à manutenção dos bens públicos. De acordo com nota enviada à reportagem, o cercamento do local visa manter a segurança de seus frequentadores, assim como a conservação do local, sendo possível ainda, que outras benfeitorias feitas na praça não sejam vandalizadas. A Prefeitura ainda afirma que o fechamento e abertura do local, assim como sua capacidade, estão em fase de estudos. Durante a pandemia são respeitadas as regras do Plano São Paulo. A instalação dos alambrados da Praça do Pôr do Sol está em fase de finalização, no local também estão sendo executados serviços de zeladoria. O custo total é de R$ 652.953,78. A colocação e aluguel dos tapumes, teve um gasto superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos e foi muito criticado pela população.


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