07/02/2019 às 21h17min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h53min

Subprefeito de Pinheiros fala sobre o carnaval na região

Na continuação da entrevista exclusiva concedida à Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, o Subprefeito de Pinheiros João Grande comenta sobre o Carnaval na região. Gazeta de Pinheiros - Como será o trabalho para o Carnaval deste ano? João Grande - O Carnaval de São Paulo é outro grande desafio. Há alguns anos o paulistano deixava São Paulo para passar o feriado fora, no litoral, interior, dentre outros locais. Atualmente, além de permanecerem na cidade, inúmeras pessoas vêm de fora desfrutar o carnaval na Capital, que já é uma referência e, salvo engano, o maior carnaval do Brasil. Esse é um fenômeno inevitável e a tendência é que o evento aumente ainda mais nos próximos anos. Não podemos esquecer que o Carnaval de São Paulo é uma grande festa, que movimenta a economia da cidade, traz riqueza para a nossa região. Ela atrai investimentos, gera emprego e renda, aumenta o recolhimento de tributos e aquece o mercado local. O nosso trabalho será no sentido de minimizar ao máximo os impactos negativos gerados aos diversos setores envolvidos, conciliando os interesses dos moradores, foliões, organizadores de blocos, ambulantes, comerciantes e todos demais envolvidos. O nosso objetivo será equalizar, equilibrar todas essas demandas e promover ao máximo possível a redução dos problemas reflexos que afetam a cidade. Temos trabalhado com os representantes dos blocos no sentido de garantir que as regras estabelecidas para o Carnaval 2019 sejam cumpridas. Lembramos que foi feito um chamamento e os blocos tiveram prazo para se inscrever. A prefeitura se estruturou para atender a demanda formalizada. Sabemos que existem gritos de carnaval, ensaios, pré-carnaval e uma série de outros eventos que, embora não tenham autorização da prefeitura, poderão ocorrer mesmo assim. Nós vamos inibir e coibir essas festas mediante fiscalização ostensiva e punição dos responsáveis. Sabemos que não é fácil controlar essas ações, principalmente por causa da rapidez que as redes sociais atuam para mobilizar a sociedade. Em algumas horas, é possível mobilizar milhares de pessoas. Há um serviço de inteligência monitorando essas atividades, mas muitas vezes não há tempo hábil para impedi-las. De qualquer forma, estamos trabalhando ostensivamente para que essas festas que não estejam no calendário oficial não aconteçam. No último fim de semana, por exemplo, tivemos um bloco de Carnaval na rua Cunha Gago. Posteriormente foi constatado que não havia autorização para a realização do evento. Foi lavrada multa de R$ 6.195,15 para o dono do imóvel, um estacionamento, nos termos da lei. Pretendemos manter essa linha de atuação. Também queremos firmar contrapartidas com os organizadores de blocos para reduzir os impactos em geral. Na zeladoria, por exemplo, se um gramado for destruído por um bloco, queremos que eles se comprometam a recompor a área como estava antes.  Prefeitura está estruturada e preparada para trabalhar. Quem não estiver legalizado e insistir, será punido! Além de contar com o canal oficial da Prefeitura, o Serviço SP156, haverá um ou mais Centros de Apoio aos foliões e aos cidadãos. Ficarão reunidos os órgãos que fazem parte da estrutura do Carnaval, como s Subprefeitura, CET, polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e outros, ou seja, o trabalho será multidisciplinar e envolverá uma série de órgãos públicos. Também deveremos contar com câmeras da PM, que farão o monitoramento dos desfiles. Haverá o acompanhamento em tempo real do que está ocorrendo nas principais aglomerações, especialmente em relação à crimes, como roubo, furto e qualquer tipo confusão. Estamos empenhados em garantir que o Carnaval na cidade seja é o mais alegre e tranquilo possível. GP - Comerciantes alegam um exagero no número de desfiles na região, que estaria prejudicando o comércio. Há como equacionar isso? JG - Como mencionado anteriormente, será um desafio equilibrar os diversos interesses envolvidos na festa. Todos nós estamos aprendendo. O Carnaval de rua de São Paulo é um fenômeno recente e que aumenta a cada ano. Em 2018, por exemplo, tivemos o Carnaval na Avenida 23 de Maio, que não será realizado este ano, pois foi uma experiência que não deu certo. Temos ouvido todos os participantes desse processo, como a sociedade civil, os blocos, os comerciantes e o Ministério Público, inclusive. Foram feitas audiências públicas no sentido de diminuir, cada vez mais, os efeitos dos eventos. Estamos ouvindo comerciantes, que têm enfrentado dificuldades, mas estamos buscamos, em conjunto, novas soluções que atendam a todos interessados.


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