27/05/2021 às 22h01min - Atualizada em 27/05/2021 às 22h01min

Pinheiros tem metro quadrado mais caro da cidade

Um dos bairros mais culturais e receptivos de São Paulo, Pinheiros possui o metro quadrado mais caro da cidade. A localização é valorizada, ainda tranquila e possui regiões de classe média e alta. Tem um farto repertório de atrações culturais e é uma das mais diversificadas do município com museus, shoppings, praças e parques tradicionais. Andando pelas suas ruas, podemos desfrutar de muitas opções de passeios, diversão e cultura. De acordo com a Prefeitura, a atual Lei de Zoneamento e o Plano Diretor incentivam o desenvolvimento da cidade de acordo com os princípios urbanísticos contemporâneos, mas o que está acontecendo na zona oeste da cidade é um crescimento desordenado, com a “invasão” de grandes construtoras e incorporadoras, que não estão preservando a qualidade urbana, ambiental e a dinâmica de vida nos miolos dos bairros. Reportagem da Moneytimes aponta que o bairro possui o maior valor de metro quadrado, custando em média R$ 14.216, de acordo com a ImovelWeb. Em segundo lugar está o Itaim Bibi com R$ 13.876/m2 e Moema o terceiro com R$ 13.301/m2 Histórico comprova a oferta de estrutura aos moradores No início, com trajetos criados em barro, mercantes levavam e traziam o que era possível vender no “Mercado das Batatas” desde todas as partes das vilas que iam se criando. Esta aldeia, por ficar na margem do Rio, começou a servir de local estratégico para viajantes. Por volta do ano de 1.600, o chamado Caminho de Pinheiros (atual Consolação) era um dos principais pontos da Vila de São Paulo, pois ligava essa região a outras áreas mais distantes. Começam a surgir casas, criam-se ruas. O grande progresso da região, porém, só ocorreu a partir do ciclo do café no Brasil, entre o final do século XIX e o começo do século XX. Foi o dinheiro proveniente da exportação do produto que proporcionou o avanço do bairro. Nas primeiras décadas do século XX houve a fundação do Mercado Caipira, da Sociedade Hípica Paulista e da Cooperativa Agrícola de Cotia. O surgimento destas instituições e a ampliação infraestrutural (transportes, água, luz) intensificaram o desenvolvimento do bairro. Lá pelas tantas, edifícios e um comércio local. A cidade vem vindo e Pinheiros é uma pequena amostra disso. Nas páginas da Gazeta de Pinheiros acompanhamos a substituição dos casebres por edificações mais sólidas, que dão espaço ao comércio. O bairro começa a receber artistas e intelectuais. A boemia surge. Com ela, o bairro começa a ver um número crescente de pontos gastronômicos. Quase que sem perceber, bares e restaurantes vão aparecendo e inovando nos temperos. Pinheiros destaca-se como hub culinário em uma das cidades mais gastronômicas do mundo. Presentes, a cozinha baiana, a mineira, a portuguesa, a italiana. Cada uma alimentando um paladar. Pinheiros é conhecido no município por ter a rua dos móveis, dos instrumentos musicais, dos restaurantes, dos bares; ou seja, um bairro que colhe muitas caras e vive se modificando. A estrutura vai se desenvolvendo. É difícil de imaginar, hoje, para quem passa pela Avenida Rebouças que, antigamente, ali era um caminho de lama, por onde ‘carros-de-boi’ eram guiados. No início do século XVII, o ‘Caminho de Pinheiros’ era um dos mais destacados da Vila de São Paulo, por ser o único acesso à aldeia e às terras além do rio, no sentido oeste. Hoje, a Avenida Rebouças é ocupada até mesmo embaixo da terra. A Linha 4 – Amarela do Metrô segue seu desenho e auxilia no deslocamento pela cidade, com quatro estações (Paulista, Oscar Freire, Fradique Coutinho e Faria Lima) em seu contorno. Essa facilidade de acesso também configura em um dos motivos do desenvolvimento do bairro de Pinheiros (que ainda conta com as estações Pinheiros, que faz ligação com a CPTM, e Clínicas e Vila Madalena, da Linha 2 – Verde). Além disso, oferece a seus moradores e visitantes uma grande oferta de opções de lazer. O bairro possui duas bibliotecas municipais: a Biblioteca Alceu Amoroso Lima, que possui um acervo da memória do bairro para consulta e a Biblioteca Álvaro Guerra, que reúne depoimentos de moradores sobre suas histórias de vida e do bairro em sua Estação Memória. Na área cultural, ainda serve de residência para centros como o Sesc Pinheiros e o Instituto Tomie Ohtake, o Centro Brasileiro Britânico, o Goethe-Institut e o Centro da Cultura Judaica, por exemplo. Praças como a Benedito Calixto são um refúgio no meio da cidade, bem com o Parque Villa Lobos e Parque do Povo. Também oferece terreno ao colégio Fernão Dias e dezenas de instituições de ensino. Além disso, é lar do Complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo, que é o maior e mais importante complexo médico-hospitalar da América Latina e referência internacional em diversas áreas. Hoje Pinheiros é um dos lugares mais sofisticados de São Paulo. Reduto da classe média e alta, possui uma rede comercial grande e diversificada (roupas, sapatos, móveis, comidas e bebidas, bancos etc.) e uma intensa vida cultural (livrarias, casas noturnas e bares, feira de artes e antiguidades, academias de dança etc.). Além de ter seus caminhos cruzados por ciclovias, que facilitam o deslocamento para os ciclistas.


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