13/05/2021 às 23h20min - Atualizada em 13/05/2021 às 23h20min

“Pancadões” continuam acontecendo em toda a região

Um dos principais focos de disseminação da Covid-19 é a aglomeração. Isso não vem impedindo que ocorram “pancadões” na região. Segundo relatos, as comunidades do Jaqueline, próximo ao Raposo Shopping, e as de Paraisópolis e Santo Américo, realizaram eventos clandestinos no último fim de semana por mais de 48 horas seguidas. A Polícia afirma fazer seu trabalho de prevenção, mas evita confronto em festas já iniciadas. Assim, os eventos vão continuar infernizando a população, com o som extremamente alto e atrapalhando o sono de milhares de moradores das regiões oeste e sul. Morumbi e Butantã Festas de rua estão prejudicando noites de sono e atrapalhando a rotina de vizinhanças. Moradores do Morumbi e Butantã reclamam do barulho que se prolonga em madrugadas, mesmo com a quarentena instituída. E mais: o problema se intensifica com a possibilidade de circulação do vírus da Covid-19. Moradores trazem depoimentos “Quase todo final de semana eu posto no Twitter sobre os bailes no Jaqueline e o desprezo das autoridades no enfrentamento (marco o Governador, Prefeito, Polícia Militar, Ministério público e a Band News). Nada acontece. A impressão que tenho, principalmente do poder público, é que eles não querem mexer nesse assunto, pois devem temer a reação popular e imprensa. Além dos problemas imediatos que sabemos (tirar nosso sono, tranquilidade, etc), temos outro que é a desvalorização dos nossos imóveis. Pensei em alguma ação mais efetiva, como registrar boletim de ocorrência toda fez que tenha o baile, isto é, sexta, sábado e domingo (o aumento de ocorrências interfere na estatística do Distrito da região, gerando desconforto às autoridades policiais responsáveis) e até mesmo judicializar o caso.” N. V.D. “Este último fim de semana começou na quinta-feira- dia 6 e só terminou no domingo, dia 9. Foram 72 horas de agonia em um som extremamente alto oriundo de Paraisópolis e Santo Américo.” W.L. “Sabemos que as comunidades e os moradores de Paraisópolis condenam a realização dos famigerados “pancadões” e que os participantes são de outras regiões. Mas o que podem fazer contra os traficantes, que distribuem e vendem entorpecentes para a juventude?” L.P. “A polícia precisa agir antes da realização dos eventos, que são amplamente divulgados nas redes sociais. Sabemos que os organizadores são do município de Osasco e que vendem drogas. Todos divulgam, mas a PM precisa agir e acabar com os “pancadões”, principalmente nesta época de pandemia.” F.D. Polícia afirma fazer trabalho preventivo A Polícia Militar informa que as ações de policiamento foram intensificadas em todo o Estado com vistas ao cumprimento das determinações estabelecidas pela fase emergencial do Plano São Paulo de combate à Covid-19 e para proteger a população. A Polícia Militar atua por meio de apoio às ações da vigilância sanitária, Procon e demais órgãos municipais de fiscalização, quando acionada, e segue com o atendimento de emergências de segurança. A Instituição também realiza a Operação Paz e Proteção com o objetivo de coibir a formação de “pancadões” em todo o Estado. Os locais são mapeados e, dentro de critério técnico, as viaturas são direcionadas para impedir sua instalação. Quando já iniciado, o policiamento é mantido pelas imediações para garantir a segurança dos moradores do entorno. A PM localizou apenas um chamado para os endereços citados, na Rua Harmonia. Na ocasião, os agentes foram ao local, porém o estabelecimento estava fechado. A PM chega a realizar cerca de 150 atuações em média, por final de semana. Legislação Uma lei de autoria do então deputado Coronel Camilo, hoje Secretário Executivo da Polícia Militar, que proíbe a emissão de som alto proveniente de veículos ou equipamentos estacionados em vias públicas, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em 2015, prevê multa de R$ 1 mil ao dono do veículo, valor que pode quadruplicar em caso de reincidência. A lei também estabelece a punição em espaços particulares de acesso ao público, como postos de combustível, áreas livres e estacionamentos. Segundo a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 624/2016, não é mais necessária a utilização de aparelhos de medição para aferir o ruído excessivo, bastando a constatação pela fiscalização de som audível do lado externo que perturbe o sossego público. Nos casos de descumprimento à ordem de redução do volume sonoro em que não for possível retirar o aparelho de som sem provocar danos ao veículo ou ao equipamento, o mesmo será apreendido provisoriamente, seguido da emissão do Comprovante de Recolhimento e de Remoção (CRR) pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP).


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.