Alguns locais clássicos da boemia paulistana estão sofrendo as consequências da pandemia. Com a ausência de público, muitas portas de tradicionais bares e restaurantes estão sendo fechadas. Porém, locais tradicionais ainda resistem na Vila Madalena. Para auxiliar o comércio local, a Gazeta de Pinheiros conversou com a ACSP para conseguir dicas para o enfrentamento deste período. Com a crise financeira provocada pela pandemia, muitos comerciantes foram obrigados a fechar as portas. Com uma nova onda de contaminações, o medo que isto se repita é grande. Moradores trazem depoimentos sobre a situação. Depimentos e campanhas de sucesso “Depois de quase 19 anos, o local sendo ocupado pelo clássico bar no número 265 da rua Fidalga, na Vila Madalena, está vago. E quando reabrir, não será mais com o Genésio.” Voz da Vila “Mais um bar encerrou as atividades, o ‘Goela‘ situado na rua Belmiro Braga, 120.”H.P. “Hoje passei pelo ‘Genesio‘ e deu um aperto. Estavam demolindo.” K.A. Bares lutam O tradicional ‘Ó do Borogodó’ lançou uma campanha vitual para arrecadar fundos e permanecer em seu local. Em suas redes sociais, o espaço chamou seu público para ajudá-los a permanecer. “Há 15 dias anunciamos o fim. Há 11 dias, movidos pelo apelo de tantos, anunciamos o início de uma ‘vaquinha’. Que feito…! Vocês são incríveis! Mandaram de volta todas as felicidades colhidas nesses 20 anos de roda. Hoje a gente anuncia que chegamos muito, muito perto da nossa meta. Ainda precisamos aguardar umas compensações para ter um número final, mas sabemos da ansiedade da nossa comunidade por notícias, então, lá vai: arrecadamos $286.000!!! #FicaÓ? Sim! Os tempos são difíceis, as negociações continuam internamente, mas seguimos muito maiores do que há 15 dias. Viva o ‘Ó’! Viva os músicos do ‘Ó’! (os maiores do mundo!) Viva cada um de vocês que colaborou com dinheiro, com compartilhamento, com divulgação! Muito, muito obrigado! A gente aplaude de pé, muito e muito e mais! Que possamos em breve brindar coletivamente! Axé!”, comemoram em post o sucesso da campanha. Associação Comercial explica A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, conversou há algumas semanas com o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, que dá algumas dicas de como o comércio pode enfrentar este período. Para evitar deslocamentos e maior contato público, o comércio local deve ganhar força. “A ACSP adotou várias iniciativas para auxiliar o comércio de bairro, mas seria necessário apoio dos governos - municipal, estadual e federal - para ajudar as empresas a superar o período de dificuldades. O comércio de bairro precisa se preparar para atendimento online e presencial, procurando contato direto com os consumidores da região e com ofertas atrativas. A ACSP oferece plataforma para venda online, fez campanha “compre no bairro”, montou rede whatsapp nas distritais e dá orientação sobre as medidas sanitárias que o comércio deve seguir. Seguir as cautelas recomendadas pelas autoridades e adotar outras medidas para evitar aglomerações. Usar a proximidade com o consumidor como uma vantagem para entrega rápida dos produtos”. GP - Qual a posição da ACSP em relação ao Plano São Paulo para a reabertura do comércio? MS - A ACSP tem defendido a posição de que o comércio não é responsável pela expansão da pandemia, pois segue protocolos sanitários rígidos e não pode pagar por aqueles que não respeitam as cautelas.