25/03/2021 às 22h40min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h17min

Quais são as diferenças entre dengue e COVID?

A jornada para combater a pandemia do novo coronavírus acontece no Brasil, o país também é alvo de surtos de dengue, já que o clima tropical é propício para a transmissão da doença. A dengue é uma conhecida questão de saúde pública brasileira. Dados do boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde revelam que de janeiro a outubro de 2020, 971.136 casos de dengue foram notificados. O ápice de registros nesse período aconteceu na primeira semana de março, chegando a 60.000 casos prováveis. Com esse cenário, pode ser difícil reconhecer se os sintomas apresentados são de coronavírus ou dengue, visto que as duas doenças apresentam sinais clínicos semelhantes. Acompanhe o artigo a seguir e entenda melhor as semelhanças e diferenças entre a COVID-19 e a dengue. Como ocorre a transmissão das doenças? A COVID-19 e a dengue são doenças virais, mas são provocadas por vírus diferentes, com comportamentos distintos. O novo coronavírus é transmitido de uma pessoa infectada para outra. Uma pessoa doente, elimina partículas virais com seus espirros, gotículas de saliva, catarro e outras secreções e, ao ter contato próximo com outra pessoa, pode transmitir o vírus ou infectar objetos, superfícies e/ou ambientes. Sendo assim, uma pessoa também pode se infectar com o vírus que causa a COVID-19 quando tem contato com objetos contaminados e toca as mucosas (olhos, boca e nariz), que são a porta de entrada para o vírus. Já a transmissão da dengue ocorre pela picada do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Desta forma, a dengue não é transmitida de uma pessoa doente para outra e sim pela picada do mosquito. O ciclo da dengue ocorre quando o mosquito fêmea é infectado por sugar o sangue de alguém que já está doente. Após isso, entre 10 à 12 dias, o vírus se dissemina pelo organismo do mosquito, contaminando sua saliva e tornando o mosquito um transmissor da dengue. De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, a dengue é transmitida no momento em que o mosquito infectado suga o sangue em busca de alimento. Assim, as partículas virais são injetadas na corrente sanguínea da pessoa, junto com a saliva do mosquito. Dengue e COVID: Como diferenciá-las? Alguns sintomas dessas doenças se confundem, como febre, dor de cabeça e dor no corpo. Em certos casos, o diagnóstico é previamente apresentado como dengue, mas depois é confirmado como COVID-19. E ainda mais: há chances de acontecer uma co-infecção, onde os dois vírus podem infectar uma mesma pessoa ao mesmo tempo. A COVID-19 é uma doença respiratória aguda, na qual as pessoas infectadas geralmente apresentam febre, cansaço e tosse seca, que pode ser acompanhada de dor de garganta e dificuldade para respirar. Embora a maioria das pessoas apresente sintomas leves, a infecção pode evoluir para doenças respiratórias mais graves, como pneumonia. Esses sintomas respiratórios não são frequentes na dengue, e apesar de as duas doenças serem febris e causarem dor de cabeça, dor pelo corpo e cansaço, esses sinais são mais intensos quando provocados pela dengue. Além disso, a dengue é caracterizada por dores nas articulações, problemas gastrointestinais, manchas avermelhadas pelo corpo, além da queda no nível de plaquetas do sangue o que leva aos sangramentos que caracterizam a forma grave da dengue. Como se proteger? No meio da pandemia de COVID-19, todos precisam ter mais atenção às medidas preventivas. Higienizar as mãos com água e sabão, utilizar máscaras faciais se for necessário contato com outras pessoas e praticar o isolamento social, são as principais recomendações para evitar a disseminação do vírus. Para se proteger da dengue, é preciso conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, combatendo a sua reprodução. O ambiente ideal para o criadouro do mosquito da dengue é aquele no qual há água parada, mesmo que a quantidade seja mínima. Para evitar que o inseto se crie, você deve evitar deixar a água parada. Já a prevenção do contato com o mosquito infectado pode ser feita com o uso de repelentes, inseticidas e outras medidas para afastar o inseto. No entanto, as medidas mais efetivas incluem acabar com os possíveis criadouros do inseto. Diagnóstico anterior de dengue pode reduzir o risco de morte por COVID-19? Um estudo publicado em dezembro de 2020 pela Oxford University Press considera essa hipótese ao avaliar 2351 pacientes com COVID-19. Os dados apontam que aqueles pacientes sem caso anterior de dengue tiveram maior risco de morte, levantando a possibilidade de que a dengue talvez estimule uma proteção imunológica contra o novo coronavírus. https://fazumhilab.com.br/dengue-e-covid/; HILAB - Rua José Altair Possebom, 800 – Cidade Industrial De Curitiba ; Curitiba – PR, 81270-185


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