25/03/2021 às 22h19min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h17min

Pandemia muda cara da Vila Madalena

Alguns locais clássicos da boemia paulistana estão sofrendo as consequências da pandemia. Com a ausência de público, muitas portas estão sendo fechadas. Para auxiliar o comércio local, a Gazeta de Pinheiros conversou com a ACSP para conseguir dicas para o enfrentamento deste período. Com a pandemia, alguns comerciantes foram obrigados a fechar as portas “Depois de quase 19 anos sendo ocupado pelo clássico bar, o número 265 da rua Fidalga, na Vila Madalena, está vago e, quando reabrir, não será mais com o Genésio.” A Voz da Vila “Para os que reclamam do caos gerado pelos bares...É só alegria! Assim a Vila Madalena vai se tornando um bairro fantasma...“. C.R. “Prato cheio para os bandidos. Eu entendo e compreendo muito os moradores. Bem que poderia ter um meio termo...”. J.C. “Felizmente os bares vão sendo substituídos por outros tipos de comércio, com mais respeito pelos moradores do entorno!”. J.R.C. “Estudei no Machado de Assis. Nascida e criada na Vila Madalena desde sempre. Meus avós quando vieram de Portugal já se instalaram por lá. Infelizmente a Vila já não é mais a mesma.” F.M. Associação comercial explica A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, conversou há algumas semanas com o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, que dá algumas dicas de como o comércio pode enfrentar este período. Para evitar deslocamentos e maior contato público, o comércio local deve ganhar força. Gazeta de Pinheiros - A pandemia e a necessidade de isolamento social causaram grades problemas ao comércio de bairro. Como é possível auxiliar as pequenas empresas e comerciantes a passar por este período? Marcel Solimeo - A ACSP adotou várias iniciativas para auxiliar o comércio de bairro, mas seria necessário apoio dos governos - municipal, estadual e federal - para ajudar as empresas a superar o período de dificuldades. Até agora, somente o governo federal ofereceu apoio na forma de auxílio emergencial, flexibilização da legislação trabalhista e linhas de crédito. O município, até agora, pouco fez e o governo do estado ofereceu uma linha de crédito muito limitada, mas que não compensa o aumento do ICMS que promoveu. Estamos na expectativa de que o governo federal renove os incentivos, como o AE, mas em valores menores. GP - O que o comércio de bairro precisa fazer para se adaptar às novas exigências do período? MS - O comércio de bairro precisa se preparar para atendimento online e presencial, procurando contato direto com os consumidores da região e com ofertas atrativas. GP - Que ações a ACSP faz para acolher e auxiliar seus associados? MS - A ACSP oferece plataforma para venda online, fez campanha "compre no bairro", montou rede whatsapp nas distritais e dá orientação sobre as medidas sanitárias que o comércio deve seguir. GP - Quais as recomendações para atrair o público consumidor e, ao mesmo tempo, ter os cuidados necessários contra a proliferação da Covid-19? MS - Seguir as cautelas recomendadas pelas autoridades e adotar outras medidas para evitar aglomerações. Usar a proximidade com o consumidor como uma vantagem para entrega rápida dos produtos GP - Qual a posição da ACSP em relação ao Plano São Paulo para a reabertura do comércio? MS - A ACSP tem defendido a posição de que o comércio não é responsável pela expansão da pandemia, pois segue protocolos sanitários rígidos e não pode pagar por aqueles que não respeitam as cautelas.


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