18/03/2021 às 21h38min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h17min

Bairros estão descaracterizados e população reclama da Enel e do excesso de fiação dos postes

Moradores reclamam da interrupção de energia constante e apontam o excesso de fios nos postes da região. Para além da questão estética, a preocupação é em relação ao período de chuvas. Muitas das reivindicações é sobre o aterramento do cabeamento elétrico, que garante maior estabilidade à rede. Não há previsão que isto aconteça na região no futuro próximo. No final do ano passado, foi sancionada uma legislação obriga a retirada do excesso de fios. Moradores reclamam “Não aguento mais ver nosso bairro descaracterizado por incorporadoras, serviços mal feitos da prefeitura e o descaso das operadoras de telefonia. Nossas ruas viraram uma cortina de fios caídos, emaranhados, às vezes até atrapalhando o tráfego de pedestres e veículos. O pior é que sempre vemos equipes penduradas, colocando mais fios, sem retirar os antigos. Simplesmente cortam e deixam amontoados e pendurados. No dia 4 de março último, de madrugada uma equipe da ‘Tim’ estava colocando ‘equipamentos’ na Rua Artur de Azeved, e não tiveram nenhum respeito com a vizinhança. Cortaram fios e deixaram pendurados cabos, arames e um emaranhado de fios, prejudicando a fachada do prédio em frente. Abordei um rapaz que continuava o serviço no dia seguinte, e ele falou para fazer a queixa no 10341. Fiz, porém a atendente disse que para ser tomada alguma providência, muito mais pessoas deveriam ligar para fazer a mesma queixa. Não aguento ver o meu bairro assim. Não há nenhuma fiscalização.” V.D. “Esquina das ruas Cardeal Arcoverde com a Mourato Coelho está uma vergonha.” M.M. “Houve uma explosão de transformador no poste em frente ao meu prédio na madrugada de sexta-feira para sábado (dia 6).  Um barulho de ‘motor de geladeira velha’ passou a ser emitido no poste e mesmo com reclamações a Enel não apareceu e ninguém para resolver! O problema persistiu até dia 7/3 às 8h15  da manhã, quando o som ficou mais intenso e fogo com explosões passaram a acontecer. Só assim, colocando em risco os passantes na calçada e depois de insistentes reclamações, vieram resolver. É muito descaso !”. R.C. “É o fim da picada, tamanho absurdo! Que mentalidade esperar que muitos reclamem para que alguma providência seja tomada. Em que escola este pessoal se formou? Andam fazendo estágio na Venezuela, em Cuba. Só pode! Onde "vamos parar? Tomamos o bonde errado, mas deve haver alguma solução.” C.A.M. Enel afirma que custo de aterramento é alto A Enel Distribuição São Paulo informa que já enterrou 65,2 km de rede em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo (52 km no Centro, 9 km na região do Mercado Municipal e 4,2 km na Vila Olímpia). Para a completa retirada dos postes nestas localidades, é necessário também o aterramento de cabos de telefonia, comunicação e fibra ótica, além da própria rede de iluminação pública, ou seja, um trabalho conjunto e integrado. A distribuidora esclarece que o custo médio de implementação da rede subterrânea é até 8 vezes superior ao valor médio da rede aérea tradicional. De acordo com as regras do setor elétrico, esse custo deve ser repassado para as tarifas de energia, o que acarretaria um aumento expressivo na conta de luz, penalizando sobretudo os consumidores de menor renda. Neste sentido, a distribuidora defende uma atuação conjunta entre poder público e demais concessionárias de serviço público para viabilizar ações de enterramento na sua área de concessão. Neste ano, a Enel SP está intensificando o mapeamento de fiação irregular nos postes em toda a área de concessão. Após esse diagnóstico, a distribuidora notifica as empresas para que regularizem suas fiações. Caso essas empresas não cumpram, a Enel irá retirar o cabeamento irregular. SP SEM FIOS A Prefeitura de São Paulo, por meio da  Secretaria Municipal das Subprefeituras, informa que o programa ‘SP SEM FIOS’ é uma parceria da Prefeitura de São Paulo com as concessionárias atuantes na cidade, para que enterrem suas redes aéreas, e a Enel, que se compromete a retirar os postes existentes. O programa prevê, ao todo, o enterramento de 65,2 km de fios e a retirada de 3.014 postes, beneficiando 170 vias da capital paulista. Nova legislação obriga retirada de emaranhado de fios No final de 2020, foi sancionada nova legislação municipal sobre a fiação aérea. O texto dispõe sobre a observância de normas técnicas para o uso do espaço público pelas concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica e demais empresas que compartilhem sua infraestrutura e sobre a retirada de fios inutilizados em vias públicas do Município. Uma das medidas cabíveis é uma multa de R$ 5 mil. De acordo com a Lei, a empresa concessionária de serviço público de distribuição de energia elétrica, detentora da infraestrutura de postes, deve observar o correto uso do espaço público de forma ordenada em relação ao posicionamento e alinhamento de todas as fiações e equipamentos instalados em seus postes. Assim, o texto oferece sanções sobre o acúmulo de fios na estrutura das vias. A Prefeitura de São Paulo esclarece que a Lei 17.501/20 ainda não foi regulamentada.


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