11/03/2021 às 20h59min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Comércio local sofre na pandemia

Com a crise financeira provocada pela pandemia, muitos comerciantes foram obrigados a fechar as portas. Com uma nova onda de contaminações, o medo que isto se repita é grande. Para auxiliar o comércio local, a Gazeta de Pinheiros conversou com a ACSP para conseguir dicas para o enfrentamento deste período. Com a pandemia, alguns comerciantes foram obrigados a fechar as portas “Crise na Vila Madalena. Nos fundos de algumas casinhas fechadas onde antes funcionavam as lojas, ainda rola um movimento diferenciado de comércio que resiste aos sombrios tempos. É o caso da #ojasayurveda, que aproveitou o quintalzinho cheio de verde da #suzanaizuno, butique de sapatos que baixou as portas durante a pandemia, para vender produtos ‘Ayurveda’. Suzana Izuno, como a maioria dos grifes físicas no bairro, acabou naufragando no ponto com os altos impostos e debandada de clientes. Lá atrás do imóvel, no entanto, a empresária Cibele aproveitou o espaço para comercializar artigos voltados para a saúde num ambiente de tirar o fôlego - pertinente, nesse período epidêmico.” E continua: “Mais uma luz se apaga no charmoso circuito gastronômico da Vila. Amanhã, sexta (5), será o último dia de atividade do restaurante Lá da Venda, da querida chef Heloísa Bacellar. O motivo? Todos sabem. A crise na pandemia. Autora de vários livros de gastronomia, Helô propôs em um único ambiente um misto de armazém, café, artesanato e comida caseira - fresca e deliciosa. A simplicidade e beleza das coisas era um alívio para o espírito. Vão fazer falta os bolos caseiros, os pães de queijo, da roça, o picadinho de carne-seca com banana da terra... Vai fazer falta a bicicleta em frente à casa, sempre com um bouquet de flores... Vai fazer falta o sorriso maroto de Helô... Vai fazer falta. Claro que Helô e Ana seguem na ativa via delivery: @nacozinhadahelo” Blog da Vila Associação comercial explica Para evitar deslocamentos e maior contato público, o comércio local deve ganhar força. O economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, dá algumas dicas de como o comércio pode enfrentar este período. Gazeta de Pinheiros - A pandemia e a necessidade de isolamento social causaram grades problemas ao comércio de bairro. Como é possível auxiliar as pequenas empresas e comerciantes a passar por este período? Marcel Solimeo - A ACSP adotou várias iniciativas para auxiliar o comércio de bairro, mas seria necessário apoio dos governos - municipal, estadual e federal - para ajudar as empresas a superar o período de dificuldades. Até agora, somente o governo federal ofereceu apoio na forma de auxílio emergencial, flexibilização da legislação trabalhista e linhas de crédito. O município, até agora, pouco fez e o governo do estado ofereceu uma linha de crédito muito limitada, mas que não compensa o aumento do ICMS que promoveu. Estamos na expectativa de que o governo federal renove os incentivos, como o AE, mas em valores menores. GP - O que o comércio de bairro precisa fazer para se adaptar às novas exigências do período? MS - O comércio de bairro precisa se preparar para atendimento online e presencial, procurando contato direto com os consumidores da região e com ofertas atrativas. GP - Que ações a ACSP faz para acolher e auxiliar seus associados? MS - A ACSP oferece plataforma para venda online, fez campanha "compre no bairro", montou rede whatsapp nas distritais e dá orientação sobre as medidas sanitárias que o comércio deve seguir. GP - Quais as recomendações para atrair o público consumidor e, ao mesmo tempo, ter os cuidados necessários contra a proliferação da Covid-19? MS - Seguir as cautelas recomendadas pelas autoridades e adotar outras medidas para evitar aglomerações. Usar a proximidade com o consumidor como uma vantagem para entrega rápida dos produtos GP - Qual a posição da ACSP em relação ao Plano São Paulo para a reabertura do comércio? MS - A ACSP tem defendido a posição de que o comércio não é responsável pela expansão da pandemia, pois segue protocolos sanitários rígidos e não pode pagar por aqueles que não respeitam as cautelas.


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