25/02/2021 às 23h17min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Água brota em Pinheiros

Quem passeia pelas vias cheias de comércio e asfalto não se lembra que sob tanto concreto Pinheiros já foi terra de afluentes do Rio Pinheiros. Hoje, quem passeia pela Vila Madalena pode ver a água brotando na nascente do Córrego das Corujas. Quantas pessoas não sobem as escadarias da Travessa Chico Science sem perceber que logo ao lado a água corrente que passa é a nascente do Córrego das Corujas. Límpida, a água cruza terrenos ao longo de Pinheiros até sua foz no Rio. Muitos trechos ficam a céu aberto. Webinar Em agosto do ano passado, a Gazeta de Pinheiros, em parceria com a Sabesp, realizou em suas redes sociais o webinar “Novo Rio Pinheiros-Córrego das Corujas e outros da bacia fluviais de São Paulo”. Como convidados, o historiador, jornalista do Grupo 1 – Gazeta de Pinheiros e decano da Mídia Rotária Brasileira, Sérgio de Castro, ao lado de Guilherme Paixão, Superintendente de Gestão de Empreendimentos da Sabesp e Luiz Campos Jr., geógrafo e cocriador do ”Rios e Ruas”. O evento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais e teve a participação de Gustavo Flemming, da Associação Comercial de São Paulo – Distrital Pinheiros, Wilson Donnini, da Gazeta de Pinheiros, entidade “Rios e Ruas” e Limpa Brasil Let´s do It!, além de dezenas de participantes, entidades e associações do bairro de Pinheiros e região, que puderam participar com manifestações ao vivo. Na ocasião, Sérgio de Castro deu seu depoimento sobre o córrego: “Fui incumbido de iniciar o evento, relatando alguns aspectos deste tema relevante, importante e muitas vezes relegado ao esquecimento. Por isso, desde logo, enalteci a iniciativa, informando que esta saga dos rios e córregos, como o Corujas, Belini e Verde, para citar só esses, por enquanto, sempre tiveram falhas nos projetos, ou foram desvirtuados, na verdade enterrados, poluídos e esquecidos. Sociedade Amigos do Córrego das Corujas, logradouro com canteiro central, margem arborizada, local cuja região abrigava campos de futebol em toda essa região. Divisor entre Vila Madalena e Vila Beatriz, lugar que recebeu um parcial jardim linear, assim como o irmão ou primo do córrego do Rio Verde, que tem um projeto linear, vencedor de melhor de  São Paulo.” Sérgio continua: “Informei que nadei neste rio, juntamente com meu xará Sérgio Andreucci, sobre a rua Abegoaria (não Abegoária), nesta mesma época, com uma pinguela que permitia acesso do Sumaré à Vila Madalena e vice-versa. Tendo em vista o interesse despertado pela apresentação talentosa dos companheiros de bancada, Luiz Campos Jr. e Guilherme Paixão, que foi devidamente relatada com painéis e esclarecimentos a todos os participantes das obras e melhorias que os córregos de Pinheiros estão recebendo e que vão participar ativamente do Projeto do Novo Rio Pinheiros. A apresentação sobre o Corujas passou também para o Rio Verde, que nasce na rua Beatriz Galvão, em um talude no fundo desta rua sem saída, à altura do número 900 da Heitor Penteado. Passa sob a Faria Lima, entre o Shopping e a Hebraica, na verdade sob as piscinas deste clube, atinge a rua Hungria, sob os trilhos do chamado trem metropolitano. Grandiosa missão da natureza que precisamos aprender a conservar e amar”, concluiu Sérgio de Castro. Praça Em 2010, foram entregues as obras do sistema de drenagem de águas pluviais da Praça Dolores Ibarruri, conhecida como Praça das Corujas, em Pinheiros. Por estar situada em uma baixada, a área de lazer não era capaz de absorver o volume de água e inundava em dias de chuvas fortes. Pelo sistema de drenagem, a água da chuva é escoada por biovaletas de piso drenante e filtrada e limpa, por meio de raízes de plantas e pedras. Com isso, a água limpa é conduzida com menos intensidade ao Córrego das Corujas, que passa pela praça, para chegar ao Rio Pinheiros. Na época, a ideia de praça ecológica foi adaptada de um projeto semelhante executado na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. O projeto paisagístico da Praça das Corujas foi premiado com a Menção Honrosa pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em 2008. "As biovaletas poderiam ser construídas até mesmo nos canteiros de rua para impedir os constantes alagamentos da cidade", explica Elza. Paralelamente ao novo sistema de drenagem, a Prefeitura construiu o passeio de caminhada com piso intertravado drenante, caminhos com pedrisco, decks de madeira certificada, implantação de paisagismo com plantio de grama esmeralda e construiu um parquinho com brinquedos e piso de areia.


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